2º dia


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August 20th 2005
Published: September 6th 2005
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Avião (Denver - Grand Junction) Bus (Grand Junction - Moab)


A MaltaA MaltaA Malta

Fomos recebidos no autocarro como grandes heróis: tinhamos sobrevivido sozinhos em Denver...
05h35 - Pequeno almoço à pressa no Hotel. Apanhámos o Shuttle e chegámos com tempo de sobra ao Aeroporto.

06h17 - Chegada ao aeroporto de Denver. Vamos lá confirmar a Boarding Gate, que é pra não haver mais confusões... e não é que mudou mesmo!! Lá andámos de um lado para o outro até que confirmámos cerca de cem vezes com as meninas da Gate que era mesmo para Grand Junction que aquele avião ia.

07h30 - Tempo para jogar uma cartada (sobe e desce) à espera da abertura das portas. Mesmo ali no chão do aeroporto... já parecíamos os sem-abrigo ali da zona da Ribeira.

08h30 - IUPIIII!! Finalmente no avião (err... quer dizer, uma avionetazita) a caminho de Grand Junction. Pelo caminho, uma paisagem espectacular, debaixo de um sol esplenderoso.

09h42 - Chegada a Grand Junction!!E à nossa espera estava a Rhonda (uma tipa muito fixe da organização). E para nosso espanto, estava toda a gente no autocarro à espera de nós, para partirmos rumo a Moab, onde a aventura iria começar. Sendo assim, não perdemos nada do evento, dado que o resto da malta tinha pernoitado também num Hotel ali em Grand Junction.
O CowboyO CowboyO Cowboy

"Saiam das minhas terras"- dizia ele. Este cowboy estava mesmo a pedi-las, pah!!

Juntámo-nos assim a 10 Russos, 6 Espanhóis (das Ilhas Canárias), 2 Israelitas (não me perguntem como é que eles conseguiram visto...), 2 Equatorianos (do Equador), 4 Filipinos (não confundir com os biscoitos de chocolate), 6 Alemães, 1 Lituano e 1 Letão. Ao todo, 36 sortudos aventureiros por terras do tio Sam!!

10h30- Chegada ao armazém. O autocarro deixou-nos no meio do nada, junto a um armazém enorme. Começámos todos a conversar uns com os outros quando surge um cota vestido à Cowboy a perguntar o que estavámos nós a fazer nas terras dele e a ameaçar que ia chamar a polícia. Enquanto falava, nós seguiamo-lo até que ele pára junto ao armazém e bate no portão.

Bem , aqui foi o ponto alto do início da aventura. O portão do armazém abre-se e começamos a ver um conjunto de pernas lado a lado. Todos os membros da organização (mais de 20) estão alinhados e de frente para nós com um ar sorridente e a dar-nos as boas vindas. Por trás, vêem-se jeeps, motos4, fatos, capacetes e até um avião (um cessna) no meio do hangar. Foi uma recepção e pêras!!

De seguida foram formados 6 grupos que
MotosMotosMotos

As motos à nossa espera... nem sabem o que as espera. :)
iriam passar por várias secções:



A meio tivemos um almoço com vários acepipes: tacos, diversos tipos de queijo, carnes e pão. Foi um almoço, onde tive oportunidade de confratenizar com pessoal que ainda não conhecia. Só tenho a dizer que logo ali reparei que o pessoal (quer a organização, quer os participantes) eram 5 estrelas e super acessíveis!! Com um ambiente assim, a viagem começava mesmo bem.

15h17 -Depois de passarmos todas as secções, foram formados 3 grandes grupos. Eu fiquei no grupo das motas, juntamente com o Paulo e o João. A Isabel ficou no grupo dos cavalos
Motos4Motos4Motos4

As motos alinhadas, prontas para a viagem alucinante!! :)
e havia um outro grupo que ia fazer rafting para o Rio Colorado.

Entretanto, dizem-nos para começarmos a seleccionar as coisas para levarmos para os próximos 10 dias de aventura. Ali mesmo, em pouco tempo, tivemos de escolher o que levar e prescindir da maior parte das coisas que tínhamos trazido no nosso saco de viagem. Tivemos também de nos equipar a rigor (fato de moto, capacete, óculos, luvas, protecção para joelhos, cotovelos, etc...) e fomos assim, de jeep, até ao local onde nos aguardavam as motas.

17h02 - Chegámos ao local onde estavam as motas. Lindas!! Vermelhas, a faiscar sob os intensos raios de Sol que começavam a queimar a nossa pele. ehhehe Até pareço um poeta. A moto4 que me calhou na rifa foi uma 350 cc novinha em folha de 5 velocidades automáticas (sem embraiagem). Uma autêntica bomba!!

Estivemos um bocado por ali a aquecer (e bem, que o Sol tava mesmo forte) e a dar umas voltas para nos amibentarmos à mota.

18h04- Alinhámos e comecámos a andar. O Brandon (o guia que estava connosco) ia na frente, logo seguido por mim e pelo alemão Philip. A estrada era de terra
Acampamento - 1º noiteAcampamento - 1º noiteAcampamento - 1º noite

Acampamento montado, após o meu acidente...
batida, bastante seca e escorregadia, com umas paisagens aqui e ali espectaculares. Chegámos a passar por locais com precípicios enormes, com um rio a passar em baixo. De tempos a tempos, passávamos por pequenos riachos que atravessavam a estrada onde, ao passar com a moto, nos molhávamos todos (o que até sabia bem para refrescar).

À medida que continuava a andar, sentia cada vez mais segurança na moto. Ia fazendo uns slides com as rodas de trás nas curvas.. enfim, tava mesmo a divertir-me em cima da moto. E a estrada era muito rápida... muito fácil. Tanto, que comecei a acelerar um bocado mais e a aproximar-me do Brandon (o guia que seguia na frente). Mas devido à poeira que a moto dele lançava, à minha velocidade e à demasiada confiança com que estava, entrei numa curva com demasiada velocidade. Só então me apercebi que a curva era mesmo muito apertada (e ainda por cima com um declive descendente) e que a moto começava a fugir demasiado de traseira. Tentei travar e compensar para o lado oposto, mas a moto já estava completamente descontrolada. Galguei umas rochas que estavam junto ao riacho e saltei da moto, aterrando com a
Acampamento - 1º noite (2)Acampamento - 1º noite (2)Acampamento - 1º noite (2)

Outra vista do acampamento
minha perna direita numas pedras junto à água.
A moto embateu com estrondo e capotou, deixando a minha mochila dentro de água (com a máquina fotográfica lá dentro).

Levantei-me e nada me doía ainda. Vi ainda o Philip (o alemão) passar por mim e indicar-me que ia chamar o Brandon. Depois comecei a ver a minha perna e rabo a incharem, mas notei que não tinha nada partido. Tinha sido um embate violento mas dava pra continuar. O problema é que a moto não podia... depois de a virarmos, não dava sinal de vida e tava mesmo toda partida.

Entretanto, chegou o médico que me esteve a ver a perna e que me deu gelo para pôr na perna e uns comprimidos para tomar. Tinha estragado o dia, nem 20 mins após ter começado a andar... esperava eu que este acidente não comprometesse o resto dos dias por lá e que ainda pudesse aproveitar bastante de todas as actividades que ainda tinha pela frente.

Segui o resto do caminho no jeep, juntamente com o Tyler (o camera-man) e pude ver o caminho que perdi na moto, por me ter espalhado cedo demais.

20h03 - Chegada ao
TendasTendasTendas

As tendas do pessoal das motas e uma enfermaria (a minha tenda).
acampamento. Estava quase a anoitecer e tinhamos de descarregar os sacos e montar as tendas. A perna começava a doer bastante e a minha disposição não era das melhores. Demorei imenso a trocar de roupa e a arrumar as coisas na tenda. Entretanto, alguém tinha tratado do jantar: massa de cotovelo à bolonhesa. Bem bom, que eu estava com uma fome danada. Comemos todos em pé, sentados em troncos ou mesmo pelo chão (eu não, que não me podia mesmo sentar) à volta de uma fogueira que serviu para nos aquecer. Sim, porque se os dias eram um forno, as noites arrefeciam bem.

O dia tinha sido muito intenso e cheio de peripécias (pudera!!) e eu estava completamente estoirado. No entanto, antes de ir para a tenda, ainda estive um bocado junto à fogueira a falar com o pessoal e a contar pela milionésima vez como me tinha espetado naquela curva. Foi aí mesmo nessa noite que comecei a ser apelidado de CRAZY HUGO, mas ainda estou pra descobrir porquê...

A noite não foi das melhores... as dores não me deixavam muitas opções para a posição no saco cama e o João, que dormiu comigo na tenda, não parava de roncar!! 😊 Quer dizer... é uma mistura entre gemer e ressonar, mas que não me deixou pregar olho a noite toda.

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