Visita à Rota do Fresco - Alentejo - 22 a 24 de Outubro 2010


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November 3rd 2010
Published: November 18th 2010
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Visita à Rota do Fresco - Alentejo - 22 a 24 de Outubro 2010
Visita à Rota do Fresco - Alentejo - 22 a 24 de Outubro 2010


07h00 – Pontualidade britânica em Portugal.

Chegamos em carro ou de táxi simultaneamente com o autocarro que nos levará ao Alentejo para uma Visita à Rota do Fresco (projecto baseado numa rede de parceiros locais – proprietários de património, entidades públicas, comerciantes, associações de desenvolvimento local – que tem por objectivo promover o desenvolvimento sustentável do território abrangido, e a preservação do seu legado cultural).

O projecto foi criado em 1999 por Catarina Valente Gonçalves, historiadora de Arte e na sequência levada a cabo sobre o núcleo de pintura mural de Alvito.

Rapidamente nos instalamos e o autocarro põe-se em marcha.
Um nascer do sol esplendoroso: labaredas de fogo em céu azul ferrete.

Viagem acompanhada por uma névoa insistente que sugeria temperatura a baixar enquanto que dentro o ambiente era o do aconchego do reencontro, com as sempre agradáveis palavras do casal Anabela e Peter.

Um grupo de dezoito pessoas a que em Coimbra se juntariam mais cinco e que ficaria completo em Évora com mais dois casais, perfazendo assim vinte e sete participantes.

Depois de uma viagem tranquila com uma música de fundo muito agradável e com pausa mais longa na Estação de Serviço de Pombal para descanso e cafezinho, chegámos a Évora à hora prevista.

Com paragem no Hotel – que, com muito gosto verificamos ser o Cartuxa renovado, claro que sempre, sempre preguiçosamente encostado à muralha o que lhe dá a actual designação de Hotel Mar d’Ar Muralhas.

Deixámos as malas e em grupo dirigimo-nos para o restaurante D. Joaquim. Aí, numa sala ampla e agradavelmente decorada à maneira alentejana (destaco uns cobres, barros e um açafate com belos frutos da época) esperava-nos uma mesa abundantemente coberta de pratinhos com saborosos enchidos, paio tipicamente de Arraiolos, queijos, deliciosas empadas, cogumelos, ovos de codorniz e o sempre bom pão alentejano. De seguida foi-nos servida uma apetecível sopinha e o tradicional ensopado de borrego terminando com uma leve degustação de doçaria regional, fruta laminada e café.

O almoço decorreu em ambiente de descontracção sempre condimentado com a boa disposição de Anabela e Peter, que entretanto já nos tinham apresentado a que iria ser nossa guia Drª Ana Maria Pinto, intérprete do Património – Rota do Fresco.

Com a refeição a chegar ao fim a
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Évora
Drª Ana Maria organizou os horários e grupos que de junto do Hotel Aqueduto iriam sair para um pequeno percurso pela cidade, em carro eléctrico por ela conduzido ao mesmo tempo que fazia uma breve explicação da rua evolução desde o período romano.

A tarde estava amena e como tínhamos tempo livre houve várias opções:

1. Sentar numa esplanada e saborear as sempre apetecidas queijadas de Évora.
2. Usufruir uma gratuita massagem aos pés pela impiedosa calçada de Évora, sempre contadora de História e estórias.
3. Realizar visitas a gosto pessoal como por exemplo:

• Casas Pintadas de Vasco da Gama, fundação Eugénio de Almeida – classificadas como imóvel de interesse público desde 1950 – complexo esse assinalado pelo “conjunto de frescos que decoram a galeria do jardim, exemplar único em Portugal de pintura mural palaciana da 2ª metade do século XVI”.

• Exposição de M.C. Escher “artista gráfico holandês gerador de imagens com impressionantes efeitos de ilusões de óptica e de a partir de uma malha de polígonos fazer mudanças dando a ideia de figuras de homens, peixes, aves, lagartos”.

• Visita ao Museu Municipal, visita à Biblioteca, visita à Sé Catedral.

Entretanto aproximou-se a hora do jantar bem servido no hotel, para depois podermos descansar e conversar nas agradáveis salas do bar antes de recolhermos aos quartos, bastante confortáveis.

No dia seguinte (sábado) bem reconfortados com a noite e óptimo pequeno-almoço no hotel, partimos cedinho para Borba, cidade desde 12 de Junho de 2009 e apenas com 4.600 habitantes.

S. Pedro, talvez por intercessão do seu homónimo Peter, nosso Presidente, continuava a beneficiar-nos com um maravilhoso tempo e, assim, acompanhados pela nossa guia Drª Ana Maria Pinto realizámos as visitas programadas:

Convento das Servas de Cristo, construído no séc. XVII pertence à Ordem das Religiosas Franciscanas. Entrando por uma porta lateral (típico das Ordens de Clausura), temos a Igreja de uma só nave coberta de azulejos em azul e amarelo e no tecto pinturas de fresco. O altar-mor é peça de destaque onde se nota a perfeita harmonia entre o trabalho de madeira e de pintura imitando entalhamentos e folheamentos. Passando à parte conventual e subindo escadaria encontramos paredes revestidas de pinturas, pintura dos patronos S. Francisco e Stª Clara, pintura ingénua de crianças, anjos, flores e animais.

Solar dos Fidalgos Sousa Carvalho Melo.
Este belo Solar é uma construção do séc. XVIII, cujas salas nobres são decoradas com pintura mural de temática profana e religiosa.
Depois de uma boa recuperação está actualmente ao serviço da C.M. de Borba com um espaço Internet, Oficina da Criança e ATL.

Terminadas estas duas visitas, fomos-nos dirigindo a pé para a Igreja de S. Bartolomeu. Durante esse percurso tivemos oportunidade de admirar duas bonitas Capelas dos Passos, de observar o contraste entre casario de pequena dimensão e grandes casas de belas portadas e varandas de ferro ao mesmo tempo que nos apercebíamos das muitas lojas de antiguidades e velharias.

Ainda antes do almoço visitámos a Igreja de S. Bartolomeu (deriva de uma ermida extramuros reedificada à volta do séc. XVII) amplo salão revestido a azulejo amarelo e azul; chamou-nos a atenção uma pintura mural de fundos em vermelho e azul com floreados e folheamentos segundo o maneirismo e representando a história de S. Bartolomeu.

Após um almoço regional sentíamo-nos recuperados para “continuar a rota”.

E, agora já no autocarro dirigimo-nos para duas Igrejas já mais pequenas mas com grande significado na região.

Ermida de Santa Bárbara, cuja fundação remonta à 1ª metade do séc. XVI e a sua reconstrução ao séc. XIX. O interior com abóbada em teia de aranha é totalmente preenchido por ingénua e comovente pintura mural do séc. XVII representando vários santos entre os quais Santo Eustáquio. A Ermida é alvo de tradicionais romarias e os bombeiros que a têm sob sua guarda fizeram questão de nos receber e lá colocarem imagens que normalmente têm guardadas com receios dos assaltos.

Surgiu neste lugar uma oportunidade de recuar no tempo… e, alguns dos nossos companheiros fizeram o gostinho de deitar a malha porque um grupo de populares aproveitara aquela tarde de sábado para se divertirem no jogo da malha ao mesmo tempo que petiscavam de um porco por eles assado no espeto.

Santiago de Rio de Moinhos: data dos últimos anos do séc. XIII. O interior é totalmente revestido a pintura mural de carácter popular representando cenas da vida de Santiago e seus milagres.
No interior da Igreja sepultou-se S. Gonçalo cavaleiro lavrador possuidor de terras na região e também lá se encontra o antigo cruzeiro, obra arcaica de finais do séc. XIII.

Finalmente visitámos a Casa do Terreiro do
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Hotel Província - Reguengos de Monsaraz
Poço – peça de rico património local pelas suas pinturas murais e frescos – constituída por três corpos ligados por escadas e varandas. Aí tivemos a oportunidade de uma degustação de bons vinhos e queijos da região o que veio mesmo a calhar porque o dia fora longo!!!

Para terminar assistimos a uma representação de Bonecos de Santo Aleixo, que bastante nos animou quer pelas suas atitudes como pela musiquinha e especialmente quando depois interagiu com alguns elementos do nosso grupo.

Continuámos o nosso passeio seguindo para Reguengos de Monsaraz, onde jantámos e nos alojámos no Hotel Província, tal como estava previsto.

É domingo, 24 de Outubro!

E, foi então aquele despertar preguiçoso porque tolerância de horários em ambiente acolhedor de um quarto mimoso e confortável era mesmo reconfortante!

Claro que, quem quis ainda deu um saltinho até ao centro… Quem ficou, pôde dar uma volta pela enorme cerca do Hotel que dispõe de uma boa piscina rodeada de bonitas flores e variadas árvores de fruta.

Havia que estarmos prontos às 11 horas para seguirmos para o cais da Amieira no concelho de Portel.

Chegámos com
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Barco da Gescruzeiros : o cais da Amieira
antecedência o que nos permitiu usufruir as belas visitas e comodidades da marina, tomar um café e ainda comprar chapéus que nos pareciam necessários pois o sol escaldava.

E, às 12h30 partimos então num belo barco da Gescruzeiros (há-os com capacidade de 25 a 120 passageiros) donde comodamente sentados ou circulando por qualquer um dos dois pisos pudemos ouvir descrições e explicações dos lugares e, especialmente, admirar a maravilhosa paisagem alentejana. É um desdobrar de longínquas e louras planícies de vinhas e olivais, árvores, arbustos, rebanhos dispersos, casario.

E, enquanto navegávamos por aquele que sabemos ser o maior lago artificiar da Europa, com 1160 Km de perímetro, o jovem fotógrafo Ricardo foi fixando semblantes bem dispostos e momentos de lazer que já nos faziam apetecer o almoço, pontual e lentamente servido no Restaurante a Moira em reguengos de Monsaraz, que nos apresentou óptimas e variadas entradas regionais antecedendo umas características migas de poejos a acompanhar cação fritos e uma rica cataplana de carne de porco e marisco. Terminou com as sobremesas e cafés.

Assim chegávamos ao fim de um encontro/passeio de três dias bem dispostos, maravilhosamente organizado pelos sempre atentos Anabela e Peter (desde hotéis a horários e refeições).

Tivemos um convívio solidário e franco que nos leva a desafiar os que não puderam vir, a que estejam presentes nas próximas organizações da Associação Porto-Bristol, porque vale a pena.

Saudações amigas

Maria Amélia Cutileiro

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peterevens1950@hotmail.com




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