VIAGEM A BRISTOL : 09 - 13 DE JUNHO DE 2010


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July 2nd 2010
Published: October 14th 2010
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Após uns dias de chuva e frio que levaram os participantes desta viagem a frequentes conversas sobre quais as indumentárias mais adequadas, partimos num avião da Ryanair com destino a Stansted (norte de Londres). Tivemos de fazer uma madrugada pois, sendo a partida às 06h e 30 m, foi necessário comparecermos no aeroporto pelas 05 h (!!!!!!!!) para se proceder ao despacho das malas de porão.


Mas para passear estamos sempre prontos e, mal o avião se elevou no ar, o sol fez a sua brilhante aparição. Que bonito! O sol sobre as nuvens!
Foi uma viagem óptima e chegámos a horas. Esperava-nos um autocarro conduzido pelo Paul, que sempre se mostrou cuidadoso na condução.


Chegámos a Oxford para uma visita à cidade universitária. Mas, dada a hora, seguimos para o restaurante Cherwell Boathouse onde almoçámos. Era um restaurante encantador, junto de um rio onde barcos esperavam clientes para um passeio fluvial. O sol brilhava e foi com agrado que verificámos que a nossa mesa era numa esplanada, com uma vista magnífica sobre o rio.

Foi um bom almoço. Mas, de repente, o céu começou a ficar escuro e uma forte carga de água obrigou-nos a levantar dos lugares para não ficarmos encharcados. Os barcos que andavam no rio com passeantes apressaram-se a vir para terra. Foi hilariante ver o estado em que estavam os ocupantes, completamente encharcados!

Mas S. Pedro resolveu colaborar e … enviou, novamente, o sol!

Daqui partimos para a visita à cidade, conduzidos por um guia que nos procurou mostrar toda a beleza local. Era muito bem disposto. Que o diga a Fernanda Figueiredo que passeou todo o tempo com um chapéu de palha que ele lhe pôs na cabeça.

Percorremos as ruas observando os diversos “Colleges” e entrámos no St Johns College, belíssima universidade, não faltando os bem tratados jardins tão habituais em Inglaterra. Neste edifício chamou-nos especial atenção a Capela e foi interessante saber como se dispunham estudantes e docentes para as cerimónias a que assistiam. O missal era suportado por uma magnífica águia dourada.

Não podemos deixar de referir uma curiosidade: os realizadores de um filme do Harry Potter pretenderam usar o refeitório deste colégio para cenas desse filme. Não tendo sido autorizados tiveram de construir um semelhante.

Oxford é grande e ocupámos bem duas horas a percorrer as suas ruas e praças.

Soubemos que o príncipe Carlos estava de visita à cidade. Junto da casa em que se encontrava havia muita polícia a cavalo e uns “carrões” que evidenciavam o “status” dos seus ocupantes.
Em frente ao palácio que albergava o príncipe, os edifícios eram lindíssimos. Um outro “College” ocupava os dois lados da rua, estabelecendo uma passagem que fazia lembrar uma ponte de Veneza.

De regresso ao ponto de encontro com o autocarro, alguns de nós não resistiram a uma bebida no requintado bar do Hotel Randolph, que relembra os ambientes londrinos. Uma das bebidas deliciosas que lá serviam era um coktail de gin Hendrick’s com pepino.

Pelas 18 horas chegámos a Bristol, ao Hotel Mercury Brigstow.

Rapidamente nos foram distribuídos os quartos. Não pode deixar de ser referido que a organização desta viagem (leia-se Anabela e Peter) foi de tal maneira preparada que tudo correu às mil maravilhas, sem problemas para os participantes e sempre tendo em conta o seu bem estar! Parabéns aos dois.

Enquanto alguns participantes optaram por um descanso nos respectivos quartos, outros, de imediato, saíram para tomar um aperitivo. Jantámos no Hotel, num ambiente acolhedor.



O dia seguinte era livre.


Cada um fez o que lhe apeteceu. Uns ficaram em Bristol e passearam pela cidade. Outros foram, de comboio, a Bath.

Os que visitaram Bath admiraram as ruas e casas cheias de encanto e a Abadia lindíssima.

A título de apontamento refere-.se que esta Abadia tem um vitral na extremidade oriental que contém 56 cenas da vida de Cristo. O vitral ocidental tem cenas do Antigo Testamento e a fachada ocidental representa o sonho do bispo Oliver King que o levou a destruir a arruinada catedral normanda, no séc. XV, e a construir a abadia actual. Uma pia baptismal vitoriana encontra-se junto da porta que conduzia ao claustro e aos aposentos do prior.

E foi aqui, em Bath, que se proporcionou uma cena muito curiosa: por trás da Catedral, pessoas ocupavam-se a «tratar» quem estivesse deprimido. Este sentava-se numa cadeira e era levado a uma espécie de hipnose. O «curandeiro» punha-lhe a mão no ombro. E a verdade é que havia clientes! … E resultados ?...

Em Bristol impunha-se uma visita ao Great Britain, o barco-museu que recria aquele que fazia a travessia para os Estados Unidos em finais do séc XIX. São muito curiosos os camarotes da 1ª e 2ª classe, o salão, as cozinhas, e cenas representativas de como se viajava na época. Os viajantes deste barco faziam em dias o que noutro barco demorava meses. Mesmo a doca onde está o barco, recria tudo o que era necessário para a viagem: os animais, os caixotes de fruta e legumes, as gaiolas para transporte de galinhas, as malas de porão, etc.

Continuando a pé pela cidade depara-se com a Catedral, grande e imponente, única no seu estilo arquitectónico em toda a região. Pensa-se estar erguida sobre uma igreja que existiu há milhares de anos e onde, no séc XII se fundou a Abadia de Stº Agostinho. Só a partir do séc. XVI é que se tornou na nova Catedral. Mas as torres só ficaram completas no séc XVIV.

Continuando o passeio a pé fica-se encantado ao avistar, no cimo de uma avenida, a imponente Universidade.


Terminou o dia com um agradável jantar no restaurante The Glass Boat, a funcionar num barco ancorado mesmo em frente ao nosso Hotel.
Todos os participantes estavam animados e concorreu, para isso, o facto de uma família inglesa se encontrar junto da nossa mesa a festejar os 18 anos de um jovem. Foi motivo de fotografias, brincadeiras, etc.


Após o jantar, enquanto uma parte do grupo foi descansar, um casal simpatiquíssimo (a Tina e o Rui) desafiaram o António Manuel, a Aida, a Fernanda Lapa, os Figueiredos, a Drª Amélia, a Celestinha e a Fernanda Baptista a irem a um “pub”, o Llandoger Trow (edifício histórico parcialmente destruído na 2ª Grande Guerra e que, segundo a tradição , inspirou o autor do “Robinson Crusoe”), ouvir música.
Este “pub” situa-se, pois, nesta casa, hoje já reconstruída e que mantém a tradição de acolher muitos músicos. Foi um bom momento até porque estava lá um casal inglês, já de uma certa idade e muito alegres e divertidos, que contribuíram para a boa disposição geral.



Sexta-feira, dia 11, partimos, bem cedo, para Stonhenge.


Excedeu as nossas expectativas. Trata-se de um exemplo único da cultura pré-histórica chegado até nós. Data de 3000 a.C. a 1600 a.C. e é um local fascinante. Visitámo-lo atentamente.


Partimos para Salisbúria onde almoçámos no restaurante anexo à Catedral.
Ficámos extasiados com a forma como este restaurante está montado, sem estragar o que o rodeia: o tecto é envidraçado, permitindo ver as torres da Catedral. Não deve haver muitos locais onde, sentados à mesa, possamos deliciar-nos com a observação de um monumento mesmo ao nosso lado.

Após o almoço tivemos uma visita guiada a este monumento. Curiosa a Fonte (2008), no meio da nave.
Aí fizemos fotografias diferentes do habitual, aproveitando os reflexos. Interessante o relógio medieval do séc. XIV, o relógio mais antigo do mundo ainda a funcionar. Também é de pôr em relevo a arca de Paramentos do séc. XIII, assim como o prisma em vidro, gravado por Laurence Whistler.

Na Chapter House tivemos a oportunidade de ver a Magna Carta original, cuja importância de conteúdo se mantém no mundo actual. Os claustros desta Catedral são os maiores de qualquer Catedral do Reino Unido.


E estava chegado o momento em que seríamos recebidos em casa de associados ingleses.

Com efeito iríamos jantar, em grupo de quatro, a uma casa de um associado que, previamente, nos tinham indicado. Fomos primorosamente recebidos e tivemos agradáveis jantares com pratos típicos ingleses.
Foi um momento interessante de troca de impressões entre pessoas que não se conheciam mas que tinham em comum pertencerem a uma associação que promove a aproximação de duas cidades como Bristol e Porto. Os autores deste texto exemplificam o jantar para o qual foram convidados: casa de Keith and Jill Bonham.



No sábado, também cedinho, viagem para Wells.


Tivemos tempo livre para passear pelo mercado de rua, pelo centro e para visitar a Catedral.
Esta Catedral ( séc XIII ) contém uma vasta galeria, uma das maiores em todo o mundo, de estátuas medievais. Seguiu-se uma visita guiada ao Palácio do Bispo e jardins circundantes que maravilharam toda a gente.


Daqui seguimos para Stourhead Gardens, onde almoçámos.

Após o almoço percorremos o trilho que serpenteia nas margens do lago.
A beleza do local, as árvores antigas com as raízes centenárias, a profusão de flores de um colorido deslumbrante, os caminhos abruptos, o facto de, de longe em longe, surgirem templos e ruínas góticas, encantam qualquer um.
E, situada majestosamente no cimo do jardim, rodeada por relvados, hortas bem desenhadas e colecções de flores, encontra-se a Casa. Esta reúne uma colecção única de móveis desenhados por Chippendale Filho, valiosos quadros e uma magnífica biblioteca estilo regência.


À noite tivemos um jantar de despedida organizado pela Bristol-Oporto Association num restaurante medieval. Mais um agradável momento de convívio entre duas culturas.

Simpáticas palavras da futura Presidente da B.O.A. Liz Gamlin, acompanhada de seu marido Roger.



E chegou o último dia de permanência em Bristol.


Mas, antes da partida, ainda nos esperavam bons momentos: passeio de barco no Rio Avon, visita ao novo cais Porto Quay onde, lado a lado, se vêem os emblemas da cidade de Bristol e da cidade do Porto.
Este cais foi recentemente inaugurado pelo Embaixador de Portugal em Londres, homenagem importante ao Porto. Esperemos que esta homenagem venha a ser devidamente valorizada pelas entidades portuguesas.


Seguiu-se pequena digressão na exposição The festival of Natura e ainda um espectáculo engraçadíssimo: uma regata organizada pelo Clube dos Rotários local, com fins de beneficência e com o apoio do Príncipe de Gales.
Os participantes primavam pela forma como iam vestidos, uns de vikings, outros de índios, outros com cabeleiras coloridas, outros disfarçados de animais, etc, etc, etc. E tudo no meio de uma alegria contagiante.


Finalizou esta agradável manhã um almoço no Riverstation Restaurant que constou de um tradicional assado inglês.
Também neste almoço tivemos a companhia de alguns membros ingleses da Associação.

E chegara o momento do regresso.

Um grande «hip, hip, hurra! » aos nossos companheiros ingleses da Associação, à Anabela e Peter que tanto contribuíram para o êxito da viagem, tendo sido fundamentais todos os que nela participaram.



Texto, fotografia e composição gráfica:

Maria Fernanda Baptista
António Paes Cardoso

Junho de 2010



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