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Published: July 10th 2006
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Venezia é um sonho!!! Tem tanto pra contar que eu acabaria escrevendo uma novela, por isso faço uma pequena “photo guide”:
Foto 1) Nosso hotel.
Ca’ Dogaressa. Recomendamos! www.cadogaressa.it
Tudo em estilo “settecentesco” (ano 700), inteiro restaurado, uma graça!
Fica numa parte residencial de Venezia atras do chamado “Ghetto” (colonia judaica) cheio de restaurantes maravilhosos que me lembraram o Z Deli da Al. Lorena; e em frente ao "Canale di Cannaregio". Dali era possivel cruzar a cidade inteira a pé em uma tarde.
Foto 2) Vista da janela do nosso apartamento.
Embaixo dos “ombreloni”, tomavamos o cafè-da-manha antes de começar a andar. E so se pode mesmo caminhar em Venezia, gente!
Se nao é todo mundo que sabe, Venezia é uma ilha e dentro da cidade nao tem ruas para circulaçao de carros, mas canais de agua, onde passam somente gondolas, barcos, lanchas, e outros flutuantes. “Taxis”, “onibus”, “carros de polìcia”, todos sao embarcaçoes!
Uma manha vi uma “ambulancia” passando a mil, desviando dos outros barcos, fazendo onda pra todos os lados, com sirene e tudo. Bem, o doente chega no hospital vomitando o esofago, mas é um barato pros turistas!
Foto 3) Canal Grande.
E' o canal principal que cruza toda a cidade exatamente ao meio. No trajeto se ve as construçoes mais famosas como a "Ca’ d’Oro", "Ca’ Pesaro", Casinò, Ponte di Rialto, etc.
As casas (“Ca’ d’Oro”=Casa de Ouro) na beira no Canal, por dentro sao perfeitamente normais, apenas as fachadas eram extremamente trabalhadas, como demostraçao de riqueza e poder das familias que moravam alì.
Foto 4) As gondolas.
Antigamente eram todas coloridas e enfeitadas, cada gondoleiro fazia a seu modo, mas foram padronizadas por um antigo prefeito da cidade, que um dia acordou com a bunda descoberta. Sempre artesanais, hoje sao pretas, meio funebres, com essa chapa de metal brilhante em forma de peixe (que é a forma da ilha), com seis, digamos, espinhas de um lado e uma espinha menor do outro lado. Cada “espinha” representa uma zona/bairro da cidade: os “sestieri” - Cannaregio, Castello, San Paolo, Santa Croce, Dorsoduro, San Marco e a pequena representa a Isola della Giudecca (ilha dos judeus).
Foto 5) Palazzo Ducale.
Antes da famosa "unificaçao" da Italia, Venezia era uma republica independente, por onde passava todo o comercio do oriente. Era governada pelos “dogi” (duques), que moravam e governavam naquele
palacio. A janela que se ve na foto, da para a famosa Piazza San Marco, de onde o duque falava ao povo. Dentro do palacio é uma coisa indescritivel!!!!!!!!!! Lindo, enorme, com diversas salas (incluindo a sala das armas que tem até cintos de castidade), escadas infinitas de marmore, riquissimo de obras de arte, moveis incriveis, com o teto todo entalhado em madeira e forrado de folhas de ouro. Fantastico mesmo! Dois dias inteiros, no minimo, para visitar tudo.
Foto 6) Os pombos da Praça Sao Marco.
Circundando a Piazza San Marco, a mais famosa da cidade, encontramos o Palazzo Ducale, a Basilica di San Marco, os cafés, as joalherias e as lojas de griffe, mas os pombos sao sem duvida a maior atraçao... milhares deles, que fazem revoadas repentinas, cobrem o chao, comem nas maos dos turistas, roubam comida das mesas e colares de brilhantes (diz a lenda). Dar milho aos pombos em Venezia é obrigatorio.... Bem, obrigatòrio pra quem tem grana pra queimar, porque um saquinho de 20 gramas custa 2€!! (6 reais)... eu tentava dar os graos que caiam no chao, mas eles nao bicavam.... sao ensinados!!! hahahahahhahah
Foto 7) Ponte dei Sospiri.
A Ponte dos Suspiros fica dentro do Palacio Ducal, é como um tunel suspenso sobre um canal. Liga, em poucos metros, a sala das execuçoes, onde os prisioneiros recebiam as sentenças, diretamente à prisao. Se chama assim, porque, daquelas janelinhas com grades, os condenados viam pela ùltima vez a luz do dia e davam um longo suspiro.
Também visitamos as prisoes: hotel 5 estrelas perto do ex-Carandiru. Na boa...
Foto 8) Cemitério.
O cemitèrio de Venezia è um pedacinho de terra, uma micro-ilha (Isola di San Michele) com uma capela e nada mais. O cortejo funebre até la, claro, também se faz em barcos, filas de barcos.
Detalhe: na Italia ninguém quer ser enterrado, porque dizem que acabar debaixo da terra é coisa de pobre (?!?!!?)... e por força tem de ser assim mesmo, porque na nao tem mais chao para enterrar nada, nao tem espaço... é sério ... entao, os cemitérios sao como imensos gaveteiros de corpos. Ugh!
Foto 9) Torre torta.
Giovanni e a torre torta da igreja de “San Giovanni”, que coincidencia!!!!
As pequenas igrejas, aquelas de bairro, eram construidas com muita pressa, para reunir o mais breve possivel um novo “rebanho”, assim,
é bastante comum encontrar pela Italia igrejinhas com a torre do sino um pouco torta.
Foto 10) Murano.
Quem nao conhece as famosas vidraçarias artesanais de Murano?
Antigamente funcionavam dentro de Venezia, mas causavam incendios constantes e destruiam boa parte da cidade. Entao, um Duque ordenou a mudança de todas as fabricas de vidro para uma ilha a meia hora dali, chamada Murano.
Hoje, resta pouco de beleza e originalidade, é tudo meio brega. Também sao poucas as fabricas que ainda seguem a tradiçao. A maioria das peças é “made in China”, dà pra crer? Todos na cidade te avisam para abrir os olhos na hora de comprar.
Foto 11) Burano
Ilha de pescadores, toda colorida, parece feita de casas de boneca.
Conta a lenda que em época de neblina intensa, os pescadores que chegavam da pesca longa nao conseguiam reconhecer as suas proprias casas, acabavam entrando na casa errada e transando com a mulher dos outros... AHHHH TAAAAA?! Bem, as mulheres entao começaram a pintar cada casa de uma cor diferente, forte e brilhante, para acabar com a classica desculpa da “neblina”.
Para passar o tempo, elas se especializaram em fazer renda e bordados, enquanto
os seus homens pescavam. Hoje a ilha vive muito mais da venda de enxovais do que de pesca.
Foto 12) Torcello
Ilha famosa pelo trono de Atila, “o Barbaro”, que, contam, passava sempre por alì. Nada mais que um bloco de pedra em forma de poltrona.
Nossa visita a Torcello na verdade foi recomendada por uma bahiana (Cristina) que com dois paulistanos (Luis e Rodrigo) abriu o unico restaurante japones de Venezia (Mirai) onde jantamos uma noite.
Nos divertimos muito com a cara dos italianos das outras mesas que viam dois japoneses, uma mulata e uma ruiva juntos falando portugues. E um dos meninos, pra provocar ainda mais, explicava em italiano pro Gio “eu sou brasileiro, meu, nao sou japones”... hahahahha..... os olhos em torno se arregalavam mais e mais.
Bem, dizia Cristina de um restaurante em Torcello que fazia um caranguejo ao forno maravilhoso, que ela comia com uma cervejinha gelada e se sentia em Salvador... Partimos felizes para “Torcello”, esperando encontrar um pedaço de Pelourinho... CREEEDO, NADA A VER! Eu logo me toquei que a coitada estava com delirios de saudade mesmo... hahahahahahahahaha
Ah, Cristina me contou uma outra coisa, mas que infelizmente nao é delirio:
em novembro ocorre a tal da “acqua alta”, que é quando o nivel da agua sobe mais de um metro e Venezia se inunda. Os restaurantes da ”Piazza San Marco” arrumam uma passarela com as mesas para fazer os turistas transitarem.
Ok. Eu sempre pensei que a “acqua alta” fosse simplesmente maré-alta, agua do mar que invadia as casas e tal, mas nao é isso nao.
Sentados? (... ) A agua que sobe vem dos ralos, privadas, pias, banheiras... é um refluxo do esgoto guando encontra a resistencia da maré. BLAAAAAAARGTH!!! E com a agua sobe tudo o que se encontra num esgoto... devo descrever imagens e odores?
A prefeitura avisa minutos antes com uma sirene forte, mas nao da tempo de fazer nada.
Todo morador de Venezia tem um "kit anti-bosta” no armario todo de borracha: galochas até as coxas, luvas até os cotovelos, toquinha....
Nada de Venezia em Novembro, heim, pessoal?!
That’s all folks!!!!!!!!!!!!!
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