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My mom's flower
Ela amava begonhas Posso dizer que hoje descobri o poder de uma flor...
Minha aula as tercas feiras eh em um predio em frente ao
Bryant Park. Sempre fico zanzando por la depois do curso. Adoro essa praca abusada, que petulantemente se define "parque". Esta noite nao foi diferente -- andei sem destino por seu gramado e seus caminhos. O curioso eh que so hoje descobri um canteiro lindo, imenso, de begonhas alaranjadas. Minha mae adorava begonhas. Ao lado de cravos e anturios, eram suas flores prediletas. Me emocionei. Tirei uma foto. Postei no Facebook.
Coincidentemente (sera?????), minutos depois recebi um email de uma prima querida. Sandra. Prima que nao eh prima de sangue. Mas eh mais que isso. Eh minha alma-irma desde a mais tenra infancia. Ela escreveu que "toda despedida é sempre muito triste, porque mais do que dizer adeus as pessoas, aos lugares, aos momentos marcantes, nos despedimos de nós mesmos, despedimos dos sonhos que realizamos ou não". Disse que eh como deixar algumas "das Silvanas" que mais gosto no aeroporto... Mas disse que isso nao precisa ser assim. Que eu so deixo se quiser. E com o carinho e o humor que lhe eh peculiar, desejou uma boa viagem para "todas as Silvanas" que eu levar e acrescentou: "Voce vem de Boeing, ne?".
Chorei sem parar. Longamente. Silenciosamente. Fiquei exausta de tanto chorar. Completamente exausta.
Eu tenho mesmo muita sorte. Sou abencoada por ter cruzado pessoas como ela na minha vida. Apesar da vida nao permitir que nos encontremos muito, mesmo morando perto. Agradeco por isso e por viver momentos como estou vivendo aqui em Nova York.
Volto em 1 de Setembro. Exatamente um ano apos ter chegado aos Estados Unidos. Passou tao rapido... Muito rapido. Mas nao tenho direito de reclamar. Posso somente dizer thanks. A lot.
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Zé
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O começo outra vez
Boa sorte nestes ultimos dias, que ainda são muitos. Te amo Zé