"Senta que la vem Historia!" - Lisboa II


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January 7th 2009
Published: January 20th 2009
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Os meios de transporte em Lisboa incluem o metrô, mas o bacana é andar de “eléctrico”. Usamos o metro só para chegar aos pontos-finais dos bondinhos e viajar sentados. Compre o cartão recarregável “Viva Viagem”, válido 24 horas para todos os meios.

Assim, com o eléctrico 15 da Praça da Figueira chegamos em Belém, perfeita e original, dita "abençoada", pois resistiu aos terremotos que destruiram Lisboa. Tanto que o imperador se transferiu alí com toda a família depois do tremor de 1755, no mesmo palácio onde hoje é residência do Presidente da República; não por menos a zona mais arrumadinha e limpa de Lisboa.

Nossa aventura belenense começa no interessantíssimo Museu Nacional dos Coches, um palácio que nasceu em 1726 para ser escola real de equitação e hoje abriga imponentes e impressionantes carruagens. Entre elas a do casamento de Carlota Joaquina com D. João VI. Vale muito a pena!

Na saída o sol estava alegre, nem parecia janeiro europeu e caminhamos com prazer até uma
verdadeira institução portuguesa: a Antiga Confeitaria de Belém. Me dá fome só de lembrar quantos o Gio devorou! Os tais “pastéis de nata” você encontra em qualquer lugar, mas posso confirmar o que
Buraco para "obrar"Buraco para "obrar"Buraco para "obrar"

As carruagens mais antigas tinham esse buraco para evitar paradas perigosas. Os cavalos khvam na frente e os nobres atras... eitchaaaaa
sempre me disseram: nenhum é igual aos “pastéis de Belém” feitos na única fábrica desde 1837.

Conta a história que no início do séc. XIX, ao lado do Mosteiro dos Jerónimos, funcionava uma refinaria de açucar. Em 1834, os revolucionários fecharam os conventos e igrejas de Portugal e expulsaram clero e trabalhadores, que para sobreviverem, começaram a vender o doce alí. A receita, imutável e secreta, me confessaram sorrindo, era de un “monge que preferia cozinhar”. Mesmo se a chegada a belém na época era apenas de barcos a vapor, os turistas vinham atraídos pelo Mosteiro aberto a visitas, e logo se apaixonaram pela delícia.

De fato, o Mosteiro dos Jerónimos é um espetáculo a parte. Visita emocionante, especialmente para quem conhece os personagens alí honrados, como Luis de Camões e Vasco da Gama, mas obviamente pela sua incrível beleza e perfeita conservação.
Antes de entrar porém, atravessamos a rua diretos ao Jardim Vieira Portuense, com suas coloridas casinhas de 600 anos, dos pescadores de bacalhau, hoje transformadas em restaurantes. Sentados em silêncio num banquinho, em frente às laranjeiras carregadas de fruta, viajei num quadro de recordações amorosas de pessoas e momentos da minha vida, até chegar aos passeios com meu avô pelos laranjais da sua fazenda. Delírios de saudade...

Pouca gente sabe que atrás e no alto, Belém oculta um bairro moderno e rico, cheio de embaixadas, acessível também com o trenzinho que pára na frente do Mosteiro. Visitamos um incrível Ermida de 1514, (Capela de São Jerònimo) onde os navegadores portugueses descobridores de mundos, se benziam antes e depois das longas viagens. Quase sempre fechada, é hoje local de cultos reservados aos privilegiados. Para nossa sorte, acontecia um batismo muito discreto, era a 2ª vez em dois anos que suas portas se abriam.

A Torre de Belém (1514) é uma daquelas coisas mais fofas que eu digo: “quero fazer um chaveirinho!!”. Pequena costrução de grande história, foi forte, castelo, alfândega, telégrafo, farol, prisão. Desde 1983, merecidamente classificata patrimonio da humanidade.

O sol começava a se pôr e depois de uma pausa num simpático café todo envidraçado, caminhamos para o Monumento dos Descobridores. E alí mesmo no meio do Tejo, entre a Torre escura e o perfil dos navios, o astro-rei decide nos doar seu esplendor. Primeiro, pintando a água de vermelho intenso, para depois, devagarzinho, deixar a lua refletir a luz que ilumina
Carruagem para o casamentoCarruagem para o casamentoCarruagem para o casamento

de Carlota Joaquina com D. João VI. Era assim, para cada ocasião mandavam fazer uma.
as sombras.

Ainda que cansadíssimos, estava tudo tão lindo que era difícil sair dalí e aproveitando a proximidade com as docas fomos jantar na graciosa Doca de Santo Amaro, atracação de pequenos barcos de passeio. Do roof do restaurante Doca 6, se via o Cristo Rei iluminado (tá bom, uma cópia fajuta do Nosso Redentor!), no alto, a Ponte 25 de Abril e acima de tudo isso, um céu estreladissimo que nos anunciava mais um dia de inverno ensolarado.



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Detalhe de entalhoDetalhe de entalho
Detalhe de entalho

As mais rebuscadas mostravam quanto importante eram os passageiros.
Furada de balasFurada de balas
Furada de balas

Carruagem de Carlos I, o rei assassinado pelos revolucionarios.
Palacio Nacional de BelémPalacio Nacional de Belém
Palacio Nacional de Belém

residencia do Presidente.
Saindo do fornoSaindo do forno
Saindo do forno

hummmmmmmmm...
Jardim Vieira PortuenseJardim Vieira Portuense
Jardim Vieira Portuense

No meio de uma galerinha de Sintra (15/16 anos) que me convidava pra conhecer a cidade como verdadeiros "agentes de turismo". Ve-se que Portugal achou seu modo de driblar a crise. Se fossem brasileiros diriam: "não vai la não, é perigoso!!!"
Gaivotas disputando batatinhaGaivotas disputando batatinha
Gaivotas disputando batatinha

nos jardins de Belém. Ao fundo o Mosteiro dos Jeronimos.
Mosteiro dos JeronimosMosteiro dos Jeronimos
Mosteiro dos Jeronimos

Jardim central.
ErmitaErmita
Ermita

a vista dali é estonteante


20th January 2009

Kelly querida
fazia tempo q n lia seu blog e esse me vez cair às lagrimas. vc conseguiu passar a sua emoção. pelo amor de deus menina, escreve um livro!!!!! as fotos são lindas tb. parabéns de monte. bjs
20th January 2009

Que cidade linda
Lendo seu texto dà vontade de retornar a Lisboa. Detalhes muito interessantes q eu ainda nao conhecia. PS: Aqueles pastéis sao deliciosos!
21st January 2009

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Amei - os cavalos khndo na frente e os nobre atraz- kkkkkkkkkkkkkkkk LINDO LINDO amiga. mais mais... quero mais.

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