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Published: January 19th 2009
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"Fernando e eu"
Discutindo a vida com Fernando Pessoa... "Pois," Da sua fundação fenícia até hoje, Lisboa (al-Ushbuna) teve un passado marcante, tanto de glória quanto de derrota. Em posição estratégica na beira do rio Tejo, onde os barcos de comércio entre o Mar do Norte e o Mediterrâneo se abasteciam, desenvolveu-se uma história interessante de conhecer. Boa parte, é obviamente entrelaçada com a História do Brasil.
Aliás, se vê muito de Brasil na cidade e algum Brasileiro “desavisado” encontrado pelo caminho, já foi logo me dizendo que “nós copiamos o colonizador”, uff..., como é possivel imaginar que 500 anos de vida juntos possam ser uma "estrada de mão unica"?! Claro que muito fez o caminho inverso, o trânsito instalou diversos brasileirismos em Portugal, na língua, na comida, no jeito...
Hoje, mesmo se os olhos dos lisboetas miram o futuro, a cidade continua com um ar decadente e melancólico, chega a ser romântico.
Não espere uma cidade de espetáculos, não tem Collosseo nem Tour Eiffel, Lisboa é um labirinto de pequenas surpresas. Veja-a do alto e saborei-a com calma!
Encontrei alguns segredos que conto aqui pra vocês:
Começando pelo nosso hotel, o Britania-Heritage, todo Art Deco, de clima amigável e serviço impecável, combinação rara na Europa. Recomendo sem
Avenida Liberdade
Prédio pra presente. piscar de olhos! Largamos as malas e fomos logo passear pela Avenida da Liberdade e suas lojas e restaurantes chiques. Subimos o Elevador da Glória até o mirante de São Pedro de Alcântara, para o nosso primeiro respiro calmo e profundo, depois do stress que as festas de fim de ano representam por aqui.
Continuamos descendo a pé para o Rossio e acabamos chegando por acaso no Largo da Trindade e sua estátua em homenagem aos Cauteleiros, ou seja “vendedores de bilhetes da loteria”. Eles ainda trabalham alí e depois de apresentar os prêmios da semana, podem te contar estórias fantásticas de Lisboa.
O Rossio é talvez a praça mais bonita de Lisboa, dos cafés de classe e da belíssima estação ferroviária estilo neomanuelino. Você vê também ao longo da Praça, os carrinhos de castanhas tostadas, ótimas com um cálice de vinho do Porto. Nós quisemos inventar e as saboreamos sentados num banco com uma tal Ginginha. Sim, ao lado do Teatro Nacional, no Largo de São Domingos, uma casinha minúscula cheia de história, vende un delicioso licor feito de cerejas silvestres: a Ginginha! Antes de servir eles perguntam “com ou sem” e dependendo da resposta, deixam cair
ou não as frutinhas no seu copo.
No alto do Elevador de Santa Justa, que em 1902 funcionava a vapor, existe un café e um terraço, acessíveis por uma estreita escada em espiral, de onde se avista um panorama do Tejo ao Castelo de São Jorge.
Na Praça do Comércio ou Terreiro do Paço, encontramos o café Martinho da Arcada, um dos preferidos de Fernando Pessoa, que tem alí uma mesa permanemente reservada.
Fernando Pessoa (1888-1935) é um dos meus poetas preferidos. Para conhecer a alma de Lisboa, direi até de Portugal, tire da prateleira os velhos livros da escola e mergulhe de novo nos seus poemas.
De personalidade enigmática, Pessoa criou 3 heterônomos (e também o termo), entre os quais Ricardo Reis, um médico monárquico de Porto, imigrado no Brasil em 1919. É dele o poema escrito na lápide do poeta, sepultado no Mosteiro dos Jerônimos. Poema que me fez tanto emocionar durante esses dias em Lisboa:
“Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.”
Passando embaixo do Arco
Triunfal entramos na Rua Augusta, da mesma sina comercial que a nossa paulistana. Ficamos horrorizados com os traficantes que pulam em cima da gente oferecendo todo tipo de droga, tudo na cara da polícia que faz a guarda em cada esquina.
Nos alongamos à direita pela Rua dos Bacalhoeiros até a curiosa Casa dos Bicos e no caminho achei a loja Silva & Feijó, onde compramos produtos biológicos do Museu do Pão, azeites premiados e queijos típicos exclusivos.
Bem, entendemos que estávamos em território de compras, e reentrando na Augusta “tropecei” numa rara loja vintage, oops!, A Outra Face da Lua, onde comprei meias-calças anos 50/60 com aquela costura atrás das pernas. QUE TU-DO! Eles tinham também a coleção inteira da Melissa de vários anos!
Depois do chá na famosa, e nada demais, Confeitaria Nacional, foi a vez do Gio se divertir na enoteca Manuel Tavares. Recebemos uma valiosa lição sobre vinhos portugueses e conhecemos o Quinta do Noval 1963; “o mais raro Porto do mundo”, em garrafas de € 4.350,00 cada... (glup!)
Ooookay, hora de voltar pro hotel!
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Lucas T. Ferroni
non-member comment
rsrsrsrsrrsrsrrssrrsr
A MERDA DE HOJE rsrrsrsrsrsrsrsrsr MUITO BOM