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Comecemos derrubando estereótipos. Não encontramos na nossa década de viagens internacionais, incluindo nessa que já se aproxima do quarto mês, povo tão legal quanto nos Bálcãs. Prestativos, hospitaleiros e prontos para mostrar o orgulho que sentem pelos seus países a cada oportunidade, os iugoslavos (chamemos eles assim porque, no final, dada uma ou outra diferença cultural, todos se parecem, vestem e comportam igual) são uma atração à parte. Não existe aquela indiferença comum para quem viaja para a dita Europa rica, e o fato de você ser brasileiro é um extra. Sorrisos se abrem, vizinhos são avisados dos viajantes latinos na área, e não raro ganhamos comida, cigarros, drinques e algumas boas conversas.
Em Montenegro não foi diferente. Chegamos ao mais novo país do mundo após mais uma daquelas travessias épicas vindos da Albânia. Decidimos nos estabelecer em Ulcinj, a primeira cidade na costa do Adriático, com população majoritariamente albanesa e usamos o local para base para os nossos passeios. Ficamos hospedamos na casa de uma família e fomos logo adotados. Acordávamos com bolos, sucos e frutas, crianças corriam pela casa e Clarice foi logo ensinando a família como colocar o negócio deles na Internet. E tudo isso dentro da
cidade velha local, uma fortaleza de pedras com vistas para o mar. Ulcinj foi daqueles lugares inesperados que guardaremos com carinho na memória.
Minúsculo, Montenegro é um país literalmente em construção. Dada à sua pequena existência (foi fundado em 2007 após uma separação amigável da Sérvia), o país ainda está em estágio inicial de desenvolvimento como nação, o que é facilmente perceptível para os turistas. As estradas são estreitas e em vários momentos precárias, a costa ainda engatinha como adversária da já bombada Croácia, sua capital, Podgorica, ainda lembra uma cidade interiorana, e seu povo mantém o mau hábito de despejar lixo nas encostas (nada comparável à Albânia; inclusive a quantidade de dejetos espalhados diminuiu conforme subimos a costa em direção à croata).
Mas é injusto definir Montenegro pelos seus poucos defeitos. O país é um pequeno tesouro à espera de um bom plano de desenvolvimento colocado em prática. Sua costa de pouco mais de 200 km, cercada por uma alta e sinuosa cadeia de montanhas, é de uma beleza de doer os olhos. Existem poucas praias, mas suas águas misturam verdes e azuis em diversas combinações. Ulcinj, Bar, Budva e Kotor, as principais cidades litorâneas, ainda guardam
resquícios de cidadelas medievais que, junto com as praias, são a principal razão da atração de turistas (ainda majoritariamente locais, mas que certamente mudará em poucos anos). As Staris Grads (Old Towns) de Budva e Kotor foram parcialmente destruídas por um terremoto em 1979 e, hoje, reconstruídas, abrigam lojas, restaurantes e pousadas com charme. O melhor é que, apesar do euro, Montenegro ainda é um país muito barato. Não pagamos mais do que 15 euros por um quarto, e nossas compras no mercado garantiram bons jantares por menos de 5 euros.
O interior de Montenegro lembra o da Nova Zelândia, com lagos e rios de água verde cristalina, montanhas nevadas, vegetação de pinheiros e florestas ainda intactas. Juntaram-se a nós os cinco amigos do Brasil e, em uma van confortável e num caminho com diversas paradas para foto, atingimos a jóia da coroa daqui, o Durmitor National Park. Trata-se de uma cadeia de montanhas e lagos que é a principal estação de esqui no inverno e que recebe poucos trekkers no restante do ano.
Montenegro (assim chamado por conta de uma montanha negra enorme que se destaca na cadeia litorânea) ainda é um país em reconstrução, mas com
potencial de se tornar um dos mais visitados nessa parte da Europa em pouco tempo. Aproveite enquanto ainda dá para conhecer essa versão, digamos, original.
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Cidade Velha
So
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playmobil
Maravilhosas as paisagens e da a impressão de ser o lar dos playmobils ahuauauhuaa imagine só minha cara qdo vi os mini chiquettos ali né??!rs mto cool! Sensacional esse lugar... espero que tenham feito ótimas trilhas, as fotos são lindíssimas! amei! saudades! beijão!