Presepadas em Kanchanaburi


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Asia » Thailand
February 21st 2010
Published: February 21st 2010
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Válida pelo lado histórico e por abrigar a cachoeira mais famosa do país, Kanchanaburi nos serviu como boa fonte de histórias para contar. A começar pela ida. Chegamos à cidade quebrados depois de 20 horas de viagem. Foram 14 horas e meia de Krabi a Bangkok num ônibus cobrado como VIP com ar-condicionado, mas onde o turista que pingava menos era o que tinha mais livros para se abanar. Fora as paradas em "restaurantes", no meio do nada, que o motorista escolhia para as nossas idas ao banheiro e compra de comida - depois de termos passado por dezenas de postos de gasolina com lojas de conveniência, onde qualquer motorista normal (ou que não tirasse um troco extra?) pararia. Para completar, não raro ele acrescentava paradas pessoais para comprar frango, entregar uma sacola a um amigo ou, como é comum por aqui, saía com o ônibus desabastecido.

Em Bangkok, de volta a uma Khao San um pouco mais calma às 6h30 da matina, compramos o primeiro ticket pra Kantchanaburi. Mais uma hora e meia de espera e finalmente partimos. Seria melhor ter ficado lá...

Ir e vir para a capital de cidades próximas deveria ser considerado uma atração turística. Daquelas de aventura. Sem se importar com os passageiros, com seu próprio carro ou consigo mesmo, os motoristas das vans colocam em prática o sonho de serem pilotos de corrida. E no fundo, é meio que isso mesmo, já que quanto mais viagens diárias, maior a renda. Colocar o fone no ouvido, fechar os olhos e tentar dormir, enquanto a vida é colocada em risco algumas tantas vezes, foi a melhor opção que encontramos.

Na chegada a Kan (como é conhecida pelos locais), exaustos, seguimos a indicação dos sites de viagem e guias de turismo e fomos para a guesthouse mais popular, vendida como dona de um jardim imperdível de frente para o rio Kwai. Verdade, a área externa tem suas qualidades. Já o resto...

Pela primeira vez, passamos pela experiência de ficar em um quarto não tão limpo e com banheiro não-ocidental, ou melhor, um legítimo banheiro Tai. Isso significa que a descarga é uma baciazinha dentro de um balde cheio de água, que precisa ser enchida e jogada no vaso quantas vezes necessário... Como o restaurante também merece suas críticas, a única parte boa era o preço: R$ 9,80 pelo quarto. Também...

Quente e extremamente
GuesthouseGuesthouseGuesthouse

O jardim realmente valia a pena...
seca, localizada no centro-oeste do país, a cidade em si tem poucos atrativos e a dificuldade de locomoção atrapalha, e muito, a vida de quem quer visitar as atrações turísticas dos arredores sem depender de agências. Além disso, o turismo sexual, famoso por essa região da Ásia, aqui é bem escancarado. Já tínhamos visto alguns casos em Bangkok e no sul, mas em Kanchanaburi o número de ocidentais barrigudos e já bem pra lá dos 50, ao lado de jovens Tais pelos bares (lotados de meninas) e pelas ruas, é perceptível até pros mais desligados.

Tínhamos escolhido passar por aqui para visitar Erawan Falls, uma seqüência de sete cachoeiras de cor verde esmeralda com pouco mais de 2 km de extensão, a 65 km do centro. Mal informados, perdemos os dois primeiros ônibus para o parque nacional onde estão as quedas e desistimos no primeiro dia. Cemitério em homenagem a europeus mortos na Segunda Guerra e a Ponte do rio Kwai (no Brasil mais famosa pelo quadro do Faustão do que pelo lado histórico ou pelo filme) foi o que nos restou. No dia seguinte, escutamos os conselhos dos locais e tentamos ir de scooter até o parque. Bastou meia hora (e apenas 13 km percorridos) numa estrada seca, empoeirada, cheia de caminhões e pick-ups, para retomarmos a consciência, voltar à cidadela, e pegar o “moderníssimo” ônibus local (que incluía ventilador e um balde de gelo pra resfriar o motorista). A epopéia toda valeu. Erawan merece o crédito que tem.

Mas foi o suficiente. Mudamos nosso roteiro (que incluía uma ida direta para Ayuthaia, mas essa opção só é oferecida às 13h) e na mesma noite decidimos voltar, mais uma vez, para Bangkok. Claro, a história não acaba aqui. Como de costume, reservamos a van para voltar na tal guesthouse. Ao entrar no carro, contamos nove Tais e dois turistas: nós. A situação, que já estava meio tensa (na nossa cabeça, pela menos), ficou pior em seguida. Depois de uns poucos quilômetros rodados na estrada, o motorista pára, no meio do nada, entra num beco entre dois galpões com luzes apagadas (nosso coração já na boca) cruza a linha do trem e estaciona num descampado. Pronto, foram-se os turistas, pensamos. Dois minutos depois, do meio do breu, surgem duas senhoras, cada qual com sua sacola, e entram na van. Era só o fim de mais um dia de trabalho. Felizmente, perdemos o trem da história.

Próxima parada: ruínas históricas de Ayuthaya e Sukhothai


Adventures in Kanchanaburi

Best known for its historical importance (the city was involved in the WWII) and for the most famous waterfall in the country, Kanchanaburi ended up as a place of weird stories. We arrived in the city extremely tired after a 20-hour trip from the south. We traveled nearly 15 hours from Krabi to Bangkok in a bus that should be air-con (and we were charged for that) but where every single tourist was sweating from the beginning to the last minute. Besides, the bus driver chose the worst places to stop. Instead of a normal restaurant or convenience store in a petrol station, all the breaks were in "restaurants" in the middle of nowhere or big stalls selling local food and drinks - not to mention personal stops in order to talk to a friend or buy chicken.

As soon as we got in Bangkok, at 6.30 am, we bought the first ticket to Kanchanaburi. After 1.30 hour waiting, we’re finally gone. We just needed some minutes to found out that staying there would have been better…

Coming to and leaving Bangkok from the cities nearby should be considered a tourist attraction, an adventure sport. Totally careless, the drivers put into practice their dreams of being race pilots. Eventually, it’s a competition, but against the time, since the more rides they do in a day, the more money they make.

When we arrived in Kan (as it is known by the locals), exhausted, we followed the tip from travel websites and guides and went to the most popular guesthouse, which was more famous for its riverfront lawn. The garden area is truly amazing, but the rest of the place...

To begin with, we had our first experience in a room not so clean and without a western toilet, which means we had to use a Thai-style, the "squat toilet". This sits more-or-less flush with the surface of the floor, with two footpads on either side. As the restaurant was also not the best, the only really good part was the price: US$ 5,5 per room, what’s understandable…

Hot and extremely dry, the city itself offers few attractions and the difficulty to come and go to the touristic sites around Kanchanaburi makes the life
Ventilador e geloVentilador e geloVentilador e gelo

pra refrescar o motorista
of independent travelers very hard. Besides, sex tourism is easily noticeable. We have seen it before in Bangkok and in the south, but not that often. Here it’s possible to see heaps of middle-aged westerners with suspicious Thai girls in the bars (all full of girls) or walking on the streets.

Kanchanaburi houses the awesome Erawan Waterfalls and that’s why the city had been chosen as one of our destinations. Not well-informed, we lost the first two public buses to the national park and gave up in the first day. Visiting the Second World War Cemitery and the Bridge on the River Kwai were our other options. In the next day, after hearing the locals’ advice, we tried to reach the falls by ourselves, driving a scooter. We needed only half an hour driving (and only 13km, out of 65) in a dusty road, full of trucks and pickups, to decide going back to the city and catching the next "modern" fan bus to the park. All the mess was worthwhile. The seven-tiered falls are amazing.

That was enough. We changed our plans and left the city in the same night. As usual, we booked the van at the guesthouse. As soon as we got in the car, the first shock: nine Thais and two tourists, us. The situation got worse (at least in our minds) minutes later. After some kilometers driven, the van went off the road, crossed the train track and stopped in a dark camp, in the middle of nowhere. Five tense minutes later, two ladies appeared from the dark, walking slowly and charring their bags. It was just the end of another working day.

Next stop: Ayuthaya and Sukhothai



Additional photos below
Photos: 22, Displayed: 22


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The bridge over..The bridge over..
The bridge over..

...the river Kwai
Ou..Ou..
Ou..

a ponte do rio que cai
MusicaMusica
Musica

Trilha do filme


21st February 2010

fierce!
A ponte é só pra pedestre, que engraçado, sempre achei que fosse pra carro! ps: Beware of fierce monkeys! heuehuaehauehauehauehau
22nd February 2010

Adorei
Puta saudades de vocês!! Primeira aventura que li aqui e já adorei... a parte do trem foi foda...srsrsr As fotos são de uma beleza linda. Aproveitem muitooooooo ... Abraços e até a proxima parada! Beijos Juninho
22nd February 2010

Quem diria
Alguém me disse há algum tempo que não seria tão organizada a ponto de manter um blog. Mas pelo jeito não resistiu. Em uma bela viagem dessas, feita por um casal de jornalistas, seria um desperdício e tanto não compartilhar e organizar tanta informação. Parabéns Clarice, pelo blog. Muito bom vocês darem destaque para as fotos também. Estou viajando junto
22nd February 2010

beware of the fierce van drivers.......
beware of the fierce van drivers.......nao tem uma opcao mais segura, tipo rodoviaria tiete....hehehe...acho q nao neh....c cuidem
23rd February 2010

Mto bom!
Tô adorando acompanhar o blog. As fotos tão maravilhosas!!! Beijos e boas viagens pra vocês!!! Saudades...Se cuidem!
24th February 2010

Chroma key
nao sei onde arrumaram o chroma key mas digo q ficou muito legal essa montagens, pq nao pode ser ral esse lugar hehehe bjos aproveite, hj começa a libertadores pra nós vmo q vmo
27th February 2010

essas fotos estão fabulosas e as histórias, sem comentários!! rs ... Estão mandando super bem em tudo inclusive nas situações mais inusitadas... rs... beijãooooooo

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