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Published: December 2nd 2006
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Não quero assustar, nada disso, mas se calhar os pontinhos não passam disso mesmo, pontinhos! E o que eu preciso é de pontos, muitos pontos para ficar nesta terra em que só as formigas dão sinais de alguma organização (estou a ser muito injusto para com as formigas).
Sinceramente, isto é tudo muito engraçado, o ir para Angola em busca de novas experiências e as dificuldades que podem ser um desafio, mas estar como eu estou, sem veículo e dependente do juízo de um engenheiro - "engineer" a partir de agora, e com a voz que se ouvia no Command & Conquer (Raquel, é um jogo tipo Simcity 1968, mas para homens) - mais parece um vá para fora cá dentro (de casa).
Acreditem, tinha imensa curiosidade em trabalhar com engenheiros. Desde o 1º ano da faculdade que ouço falar desta gente.
De inicio mal, que andam sempre vestidos à trolha e que só estão bem onde há homens. Com o passar dos anos, a minha opinião foi mudando. A roupa da Timberland até tem uma certa pinta (em alguns, porque muitos deles tem ar é punh*?eiros lá da terrinha). Depois toda a gente diz que eles
são muito bons a estruturar problemas, e até, que têm alguma sensibilidade para os problemas de gestão (claro que o Rui dá-lhes 13).
Tanta curiosidade que até fui à procura de uma definição, e encontrei isto:
An engineer is someone who is trained or professionally engaged in a branch of engineering. Engineers use creativity, technology, and scientific knowledge to solve practical problems.
Que tamanha mentira! Já conheço 2 e pela minha experiência, criatividade e conhecimento científico em metade deles pelo menos, só se for noutro lado e pouca, porque aqui quase que nem é preciso, basta ter um bocado de força nos braços para acenar que elas vêm.
A sério, podia ter tido mais sorte aqui com o engineer “affirmative”. É um chico esperto saloio! Quase dos piores (não parece dos piores porque está longe de dizer tudo o que pensa e não é dos piores porque é um bocado mole). A única informação que procura é através do Jornal de Angola (que como devem imaginar, é muita bom, principalmente na qualidade de impressão e na imparcialidade) e quando vê o telejornal de olhos fechados a ressonar.
Depois, cada vez mais sinto que gosta de
Restaurante
Aqui, já de noite, comemos uns chocos partidinhos em pedaços e com limão. Delicia! fazer tudo à maneira dele. Não existe problema nenhum, desde que o meu trabalho não fique dependente das decisões dele (poderá ficar em pequenas coisas porque ele é o responsável Delegado, mas na essência não). Quero chamar a mim as minhas tarefas e responsabilidades, é para isso que aqui estou! Ah grande homem! É o nosso menino!
Então o ponto da situação é este: ainda não sei se fico.
Sempre achei que era um gajo que me adaptava facilmente aos lugares e que me relacionava facilmente com as pessoas. No fundo continuo a achar, porque apesar de tudo acabo por achar alguma piada à cidade. Todos os lugares têm a sua piada. E depois ainda não conheço nada do país nem tenho vida social. Também não ando chateado com o gajo nem nada, tenho é que pensar e ponderar tudo muito bem, no que é que quero e no que é que é melhor para mim hoje, amanhã, e depois de amanhã quando me reformar e for por aí viajar.
Como não tenho carro estou muito dependente engineer “affirmative”. Por exemplo, hoje é domingo, está alto dia lá fora e estou eu aqui no meu quarto a
Ah, pois, claro! Depende
Fui visitar uma obra depois daquele belo jantar. escrever (com uns cascos nas orelhas e a ouvir a minha música).
Não é que escrever não tenha a sua piada, até gosto muito, cada vez mais. No fundo, sinto que escrevo para vocês e para o Pedro mais velho que vou conhecer daqui a uns anos. Nunca achei muita piada aos diários, ali a escrever para a nossa estrelinha da sorte. Com ela falo quando entro numa igreja (do Porto, do Benfica, uma qualquer). Agora escrever não, nada disso. Escrever é só para vós camaradas!
Para todos aqueles que não me conhecem e que já perceberam que isto de travelblog têm pouco, fica a promessa de que já aluguei um quartinho em Benidorm para a segunda quinzena de Agosto.
De resto, e para começar (estou a brincar, só vos queria assustar, já vou a meio), não tenho feito grande coisa. Sempre em casa, não dá nem para dar aí um passeio pela zona porque moramos numa zona de muitos assaltos (apesar de nunca ter visto nada sempre que saí de carro). Transportes publico nem vê-los, fugiram daqui com os portugueses, existem é uma espécie de carrinhas azuis de 9 lugares (que levam prai 200 pessoas se
Padre Piotr on Tour ... Soon
Também ando a ter umas explicações nesta igreja. forem magras), mas que só aconselho a vendedores de Raid (ou qualquer outro tipo de desodorizante forte).
Domingo passado a caminho de uma obra batemos numa carrinha parecida com estas, batemos de lado e não paramos! Achei estranho e perguntei ao gajo que ia a conduzir e diz ele: “eu quero é que eles se fo?@m, eu sou mais preto do que eles”. Ok, tá certo, passado uns metros fila na estrada e um gajo pendurado na porta da frente (aberta) com outros dois atrás, parecia um filme. Depois e em andamento com os gajos a berrar só paramos quando encontramos polícia, que por sorte estava uns metros mais à frente. Estávamos num dos piores bairros de Luanda, el Rocha Pinto.
Resultado: confusão mas nada de bulha feia, aqui o pessoal parece que ainda respeita a arma que o polícia têm à cinta. Tivemos foi que assumir a culpa que não tínhamos pois foi o gajo que não nos viu e ia a mudar de faixa. Nesse dia fui outra vez a um daqueles restaurantes chiques com o brazuca e os dois gajos que estavam connosco e que até são bem porrreiros.
Ontem à noite fomos sair a um sítio porreiro na ilha (é uma língua de areia extensa que existe em frente à marginal da cidade mas a que toda a gente chama ilha, onde estão grande parte dos melhores restaurantes e bares). Era aberto e uma parte estava em cima do mar virado para a cidade. Agora a música, não era latino americana mas era tipo Fep Street no seu pior lá nos longínquos anos 90.
Ainda bebi uns copos (alguns), mas continuo a dançar sozinho.
Entretanto já encomendei uma batina pelo E-Bay e estou a pensar mandar-me aí para uma dessas aldeias à procura de gaja disfarçado de padre.
No fundo sei que é só agarrá-las! Ainda ouvi um "você é saboroso", mas não estou para isso, prefiro estar com o meu copo na mão a dançar. Desta vez não era a flectir o joelhinho, era mais de um lado pró outro e sem movimento de cinta, à tono, (mas ainda assim a dançar melhor que a Nini) e lá de vez em quando fechar os olhinhos e viajar com os cabelos ao vento.
Acho que devo ser o único branco com 25 anos, não desfigurado e sem qualquer tipo de incapacidade física visível que em 3 noites não conheceu nenhuma black. Mas tudo pode acontecer. Não morri! São fases e sou feliz assim.
De resto, já sabem, estão todos en mi corazón.
Para os melhores pais do mundo, um beijo enorme.
Alguém que informe o Eduardo que existe este blog e depois lhe explique o que é. Deve ser complicado, se calhar ainda nem sabe que existem computadores.
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CP
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Krakow
Piotr, Voltei de umanoitada numa super disco, com miudas fantasticas. Espero que umdia me venhas visitar. abraco