Minas: Diamantina e Xica da Silva


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South America » Brazil » Minas Gerais
January 15th 2018
Published: January 17th 2018
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Muita gente conhece a história duro que era levado pelos portugueses na época do Brasil colônia, mas o que muito pouca gente sabe é que existia muito diamante no Brasil em especial no estado de Minas Gerais.

Esse diamante era encontrado a céu aberto sem grandes dificuldades no início, o que ocasionou uma verdadeira corrida para tal região que depois veio a ser a região e o entorno do município e da cidade de Diamantina.

Diamantina gerou histórias mais ou menos famosas com a de Xica da Silva, a escrava que se transformou em senhora após se casar com um rico português, o contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira com quem teve 13 filhos.

Chica era filha de um português com uma escrava e foi daí que herdou a condição de escrava e foi registrada no município vizinho atual município do Serro. Por sua mistura de origem Portuguesa e africana era conhecida pelo tom de sua pele misturado como Francisca mulata ou Francisca parda...

Em 1770 o contratador de diamantes, seu companheiro, foi enviado de volta pela coroa portuguesa para Portugal e levou junto quatro de seus filhos homens que depois tiveram honras inclusive de nobreza por parte da coroa de Portugal.

Xica da Silva ficou aqui em muito boa condição pois possuía terras, bens o que lhe assegurou uma vida de qualidade até sua morte. Ela mantinha laços com diversas irmandades, como a irmandade de São Francisco, A Irmandade do Carmo, a irmandade das Mercês e a Irmandade do Rosário.

Isso comprova que possuia renda suficiente para contribuir com as quatro irmandades e era por isso aceita pela sociedade branca local. Após seu falecimento em 1776, Xica da Silva, que teria direito a ser enterrada em qualquer uma das quatro igrejas correspondentes às quatro irmandades, acabou por ser enterrada na igreja de São Francisco de Assis, a mais prestigiada de todas as irmandades da região, o que comprova sua influência junto à sociedade da época.



Além dessa história - talvez a mais famosa - existem muitas outras histórias que estimulam a visita a esta cidade tão misteriosa... Conta-se por exemplo que em época de enxurrada, ainda hoje, quando ocorre por exemplo a queda de alguma ribanceira ou de um muro, são encontrados tesouros que foram enterrados oriundos da época dos Diamantes. Diz-se que naquele tempo os diamantes desciam na enxurrada e podiam ser encontrados e recolhidos na água que corria na rua...

Além das novidades históricas que você vai encontrar em Diamantina, existem passeios, museus e igrejas de características diversas da arquitetura Barroca Colonial mineira.

As igrejas em Diamantina são em sua grande parte construídas em madeira, provavelmente pela dificuldade do acesso da cidade encravada no alto do Planalto e sem matéria prima para construção em pedra sabão.

Como curiosidade mais recente, foi lá que nasceu o Presidente Juscelino Kubitschek que veio a idealizar e construir a capital do Brasil, Brasília.

Além disso era para lá também para Diamantina que íam passar férias compor e cantar pelas ruas, o famoso grupo da MPB brasileira, o Clube da Esquina.

Um dos compositores, o letrista Fernando Brant, era diamantinense e parceiro de Milton Nascimento, Lô Borges, Márcio Borges, Beto Guedes, Tavinho Moura dentre outros.

Juntos, compuseram famosa música denominada Beco do Mota, sobre um beco existente em Diamantina, beco esse misterioso que fazia a ligação subterrânea de residências de "homens de respeito" da época colonial - políticos, religiosos, gente rica - aos prostíbulos e casas de saliência.





Ainda estão lá, as ruas, os becos, as casas e sobrados preservados, aguardando a sua visita turística, pois, Diamantina é imperdível!

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