Chegada em Bucareste

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Chegamos em Paris no meio da manhã. O dia estava bonito e ensolarado. Lembro de sentir aquele bafo de calor gostoso quando descemos do avião. Depois de 12 horas de ar condicionado, nada melhor que isso. Já sentia meu nariz melhorando.

Embarcamos para BUCARESTE (Romênia), em outro vôo da Air France. O avião era bem menor e com menos atrativos também. A viagem era curta (2 ou 3 horas), mas foi bastante agradável. Ao sobrevoarmos o Lago Balaton, na Hungria, a vista do alto era belíssima. Impressionou o tamanho do lago.

Chegamos em BUCARESTE por volta das 14hs. Trocamos dinheiro no aeroporto e tivemos nosso primeiro contato com os lei romenos. As bagagens devem ter chegado bem antes de nós, pois minha mochila não estava na esteira, mas encostada num canto. Bizarro. A mala do Márcio tinha sido extraviada. Deixamos o endereço do albergue com o pessoal da Air France e seguimos pra cidade. Os taxistas dentro do aeroporto queriam cobrar 30 lei por uma corrida que custou 8 ou 9. Pegamos táxi do lado de fora e o preço era o justo. O tempo estava excelente: sol e calor.

Deixamos as coisas no Elvis Villa (10 euros) e saímos pra aproveitar o fim do dia. A localização do albergue era bem razoável (meia hora do Palácio do Povo), num bairro, aparentemente, bem residencial. O quarto comportava bastante gente e estava lotado. Havia apenas 2 banheiros, o que era pouco. O atendimento foi bom e as recepcionistas eram gatas.

Saímos andando por Bucareste. A Piata Universitatii era a mais próxima do albergue, então fomos até ela, onde se destacava o edifício do Teatro Nacional.

Continuamos o passeio até a Piata Unirii, de onde já se podia avistar o Palácio do Povo. No centro da praça, havia uma belíssima fonte e, na avenida que desembocava nela, um grande shopping Center, chamado Unirea, que muito lembrava os brasileiros. Caminhamos, então, pelo Boulevard Unirii, que liga a praça de mesmo nome ao Palácio do Povo (ou Casa Popolurui, em romeno). Dizem que esta avenida é uma cópia da Champs Elysées, de Paris, e que o presidente Nicolae Ceausescu, ditador comunista odiado pelos romenos, teria ordenado que ela fosse alguns metros maior que a versão original francesa. Ela é bastante arborizada e cercada por belos prédios públicos, todos seguindo a mesma linha arquitetônica.

O Palácio do Povo, considerado o 2º maior edifício público do mundo, atrás apenas do Pentágono, nos EUA, é realmente gigantesco. A arquitetura é de gosto duvidoso, mas não se pode negar a sua imponência. O local já estava fechado para visitação, então tivemos que adiar o passeio para o dia seguinte. Havia várias “barraquinhas” e um grande palco montado em frente ao Palácio. Ia rolar lá o Tuborg International Festival. Como ainda era cedo, 17hs mais ou menos, resolvemos dar a volta em torno do palácio pra conhecer a região e matar tempo. Demorou quase uma hora e meia! Não só pelo prédio, que é grande mesmo, mas pelo terreno que ele ocupa, que é enorme. Quando voltamos, já havia uma movimentação nas barraquinhas. Compramos cervejas e ficamos sacando o barulho. Os shows das bandas locais eram medíocres, mas foi legal pra ver a movimentação do povo local (predominava a molecada, dos 16 aos 20 anos) e tomar algumas cervejas. Quebrei um banco sem querer e fui chamado a prestar esclarecimentos pela polícia local (“Follow me, please”). Algumas adolescentes vieram fazer graça, mas sacamos que só queriam tomar cerveja na faixa. Malandro é o gato, que nasce de bigode.

Jantamos no McDonald´s, dentro do Unirea Shopping Center. Tivemos dificuldades pra achar o albergue na volta. Ele ficava num bairro residencial bem tranqüilo e as ruas se pareciam muito umas com as outras. Policiais nos ajudaram (com inglês muito bom!!!), indicando o caminho.

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