Viagem a Paris - 2º dia


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May 19th 2007
Published: May 19th 2007
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Arco do TriunfoArco do TriunfoArco do Triunfo

Em plenos Campos Elísios, com o Arco do Triunfo atrás. Atenção, que é a minha mulher que está ao meu lado... não é nenhuma francesa que arranjei por lá!!
Dado que nos deitámos um bocado tarde, não conseguimos levantar-nos antes das 10 e tal. Ainda bem que em Paris eles têm o costume de se levantar tarde e por isso o pequeno almoço é servido até ao meio-dia.

Depois de nos arranjarmos e de enfardarmos uma meia dúzia de uns croissants mornos e estaladiços acabados de fazer, pusemo-nos ao caminho. Hoje não chovia, por isso podíamos usar o dia para conhecer a cidade (andando de autocarro e a pé). Comprámos então um bilhete diário, que nos permitia andar em todo o tipo de transportes públicos dentro de Paris, e apenas por 5,50€.

A primeira paragem eram os Campos Elísios e o famoso Arco do Triunfo. Saímos a meio dos Campos Elísios e fomos passeando, respirando aquele ar parisiense, cheio dos mesmos gases que temos aqui no Porto também.
O passeio até ao Arco do Triunfo foi bastante agradável, mas pensámos que íamos andar muito menos. É que o Arco parece sempre que está perto, mas aqueles Campos Elísios são enormes!! E pensar que há uns anos, os franceses construíram uma piscina olímpica mesmo ali no meio da estrada, para concorrerem à organização dos jogos olímpicos. E ainda
Ponte NeufPonte NeufPonte Neuf

Na primeira ponte construída sobre o Sena, com um dos tais edíficios meio góticos por trás, onde existe um relógio apenas movido a água.
por cima, não ganharam... 😊

Chegados ao Arco do Triunfo, ficámos por lá um bocado a tirar umas fotos e a pensar como raio podíamos trocar a bandeira francesa por outra, durante a noite. Só mesmo para arreliar os "avecs"...
Regressámos de autocarro, que as pernas destes jovens já não são as mesmas de há uns 20 anos atrás, e saímos perto da Place de la Concorde. Esta é uma praça bastante ampla, assim ao estilo do Marquês de Pombal, mas a triplicar (os franceses são exagerados em tudo... irra!!). Mais umas fotos aqui e ali, uma paragem na barraquinha dos crepes para comer um com maçã e canela, tirar umas fotos no jardim e descansar um bocado.

Entretanto, o Mário tem uma ideia genial, daquelas que só mesmo a musa de Paris poderia ter inspirado: "Vamos visitar a campa do Jim Morrison ali ao cemitério de Père-Lachaise". Decidimos portanto ir lá, mas como o cemitério ficava um bocado fora de mão, iríamos ver primeiro os jardins de Tullerie, ali mesmo perto da Concorde e depois apanharíamos o autocarro para lá, que passava na praça da Bastilha. Passeámos um bocado pelos jardins e chegámos a ver de longe
Campa do Jim MorrisonCampa do Jim MorrisonCampa do Jim Morrison

Ali, no meio de flores e cigarros, jaz o Jim, dos Doors. Uma imagem que jamais irei esquecer... :)
o Museu do Louvre, aquela obra de arquitectura monumental que estendia por vários metros à nossa volta. Depois virámos à direita, antes do museu, e seguimos em direcção ao Sena, onde tirámos umas fotos numa das milhares de pontes que existem, tendo como fundo aqueles fantásticos edíficios meio góticos que existem do outro lado do rio.

Fomos de seguida para a paragem de autocarro, onde apanhámos "o 78, sentido Castelo do Queijo", como dizia o Mário, sempre que se falava em autocarros. Saímos na praça da Bastilha, que não tem assim nada de especial para ver. É uma praça que tem um "pelourinho" gigante no meio, e onde andam uns míudos a fazer acrobacias em skate e patins. Ficámos ali apenas um bocado e seguimos depois para o tal cemitério.

O cemitério de Père-Lachaise é enorme, onde repousam figuras ilustres, tais como Chopin, Edith Piaf, Moliére, La Fontaine, Jim Morrison, etc. Para dar com o Jim foi uma autêntica aventura, pois andámos meio perdidos em ruelas de campas de um lado e doutro. A verdadeira beleza de se andar num cemitério é poder fazê-lo em vida e dizem que é bom sinal fazê-lo... significa que ainda cá estamos.
Palácio do LuxemburgoPalácio do LuxemburgoPalácio do Luxemburgo

Em pleno Jardim do Luxemburgo, o palácio tava mesmo a pedir uma foto.
😊

Portanto, lá encontrámos a campa, onde um grupo de meia-dúzia de pessoas se acotovelava para poder ler melhor a lápide e deitar uns cigarros para o meio das flores, das velas e dos ursinhos de peluche. Acho que o Jim já não deve estar com muita vontade de fumar, nem muito menos de brincar com ursinhos... mas pronto, os costumes humanos são mesmo muito estranhos...

Acabámos por desistir de ir visitar outras campas, já que ficavam bastante longe. Ainda se houvessem uns carrinhos de golfe ali no cemitério... dava jeito. Assim, viemos embora e decidimos ir dar uma volta aos jardins do Luxemburgo, para relaxar. Os jardins são enormes e estavam cheios de pessoal franciú a gozar o Sol e a ler sentados junto ao lago dos patos e dos barcos telecomandados. Passeámos um bocado pelo jardim e tirámos umas fotos junto ao palácio do Luxemburgo, outra obra imponente e de uma arquitectura bastante interessante.

Como estávamos bastante perto da igreja de Saint Sulpice (para quem leu ou viu o filme DaVinci Code, deve conhecer), decidimos ir lá para ver a linha da rosa e o candelabro com que o monge mata a freira. Não, não
Sacré CoeurSacré CoeurSacré Coeur

Com a iluminação nocturna, o Sacré Coeur erguia-se até às nuvens, reflectindo a luz amarelada das lâmpadas que nele incidiam (poético, hein...)
somos assim tão mórbidos, mas reconheço que depois de vir de um passeio túristico a um cemitério, não posso esperar que acreditem em mim. Deparámo-nos com um casamento, o que não deu para investigar toda a igreja, já que a nossa ideia era encontrar o Santo Graal ali dentro. A igreja é bastante maior do que eu a imaginava e de fora tem uma entrada imponente, com duas grandes torres, que fazem lembrar um pouco Notre-Dame.

Depois de vista a igreja, estava a fazer-se tarde para nos irmos arranjar, jantar e irmos ao Cirque du Soleil (que era às 21h). Por isso, pusemo-nos ao caminho para o hotel, onde só chegámos por volta das 7 e tal. Se queríamos estar lá à hora, teríamos de sair pelo menos às 20h, já que eu contava com cerca de uma hora para lá chegar. Tomámos um banho num instante e fomos comer ao tal restaurante grego, seguindo logo para o metro. Tínhamos cerca de 50 mins para lá chegar, se não houvesse percalços. Mas a lei de Murphy acompanha-nos sempre as piores alturas. Ao chegar ao último transporte que teríamos de apanhar, faltavam cerca de 15 mins para o iníco do espectáculo. Iríamos chegar à tabela. Mas eis que alguém anuncia, num francês meio magrebino, que o comboio está atrasado cerca de 12 mins e que pedem desculpa, mas azar o nosso... tivéssemos ido de táxi. E vai daí, nem pensámos duas vezes, corremos para fora da gare, em busca de um taxista que nos levasse ao Grand Chapiteau. Um azar nunca vem só e o taxista não conhecia o nosso destino. Vai então de ligar o GPS, ao que o Mário competiu ligando também o dele... podia ser que o táxi assim andasse mais rápido (ou não).

Chegámos com cerca de 15 mins de atraso, porque aquilo fica no "traseiro" de Judas. Fomos imediatamente para a tenda, onde já estava a decorrer um número de saltos em trampolim, com uma coordenação e coreografia fantásticas. Bem, não vou estar a descrever o espectáculo todo, senão perde o interesse para quem o for ver. Mas posso adiantar que a qualidade deste circo mede-se pelo facto de ter orquestra, canto ao vivo, e de apostar numa imagem de luxo em tudo o que fazem: desde o guarda-roupa ao detalhe da maquilhagem de cada actor/artista.

Foi um espectáculo de 2 horas, com cerca de 20 mins de intervalo, que soube mesmo a pouco (principalmente para quem pagou 50€ por bilhete) e não assistiu desde o príncipio...
Á saída, tínhamos táxi à nossa espera, que gente fina é outra coisa! O primo da Olga, Nelito para os amigos, tinha-se disponibilizado para nos ir buscar ao circo e levar ao hotel. Muito simpático, acabou por nos fazer uma visita guiada à noite de Paris, passando pelo espectacular "Sacré Coeur", pelas ruas dos cabarets (Lido, Moulin Rouge, etc.) e ainda pelos Campos Elísios e pelo Arco do Triunfo, que com a iluminação nocturna ganha outra beleza.

Por fim, ficámos na esplanada de um bar a beber umas cervejas e a conversar. Foi um fim de noite engraçado e divertido, onde contámos uma anedotas e descontraímos um bocado dos passeios do dia. Fomos já tarde para o hotel, mas no dia seguinte queríamos mesmo levantar-nos cedo para ir ao Louvre. Por isso, foi chegar à cama e aterrar...

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