Advertisement
Published: February 27th 2010
Edit Blog Post
Com inegáveis qualidades, mas com defeitos gritantes até para um país de Terceiro Mundo, a Tailândia é um mistério em seu poder de atração de turistas, que, se dizendo apaixonados, voltam para cá por quatro, cinco anos consecutivos. Em Chiang Mai, localizada na região norte e cidade que é a nossa última parada por aqui, a tendência é ainda mais escancarada com uma grande comunidade de expatriados, sobretudo americanos e europeus, que resolveram largar suas vidas fáceis em troca de um pouco de calor, cerveja a US$ 1, mulheres asiáticas e um cheirinho de esgoto. É notável a grande quantidade de casais euro-asiáticos e crianças mestiças pelas ruas da cidade. Uma mistura de amor de verão prolongado e um ou outro caso de amor ao primeiro visto.
Chiang Mai é, ao menos, uma excelente escolha. Centro cultural, artístico e intelectual, essa cidade de pouco mais de 1,6 milhão de habitantes talvez seja a mais bem-sucedida no país no sentido de manter uma identidade e ser receptiva aos turistas. Seu centro antigo ainda conserva resquícios de um gigantesco muro que a encapsulava e servia de defesa contra os burmeses (vindos de Burma, hoje Mianmar). Atualmente, esse grande retângulo abriga as pousadas,
parques e alguns dos mais de 300 templos budistas de Chiang Mai - quase o mesmo número de Bangkok, que é uma cidade cinco vezes maior. Suas vielas, tranqüilas, remetem a cidades do interior de Minas Gerais. É aqui também que acontece o Night Bazar, onde populações de tribos minoritárias que vivem nas montanhas do norte da Tailândia desembarcam para venderem seus artefatos.
Os arredores de Chiang Mai são um prato cheio para os esportistas de plantão. É aqui o melhor lugar do país para se arrumar uma caminhada em direção a essas tribos, além de fazer um arborismo, rafting, bungee etc. Depois de mais um dia de visita a templos e bate-papo com monges (o "monk chat" não deixa de ser um tipo de atração turística), encaramos um desses dias de aventura. O rafting foi bem acima da média, considerando o nível baixo das águas, seguido por outro que ainda não entendemos a utilidade, feito em plataformas de bambu, que deve ser bastante excitante para gestantes, idosos e/ou pacientes terminais.
Aí veio o passeio no elefante. Bom, parece idiota é realmente é, mas como estudamos bem o local e se tratava de um centro de conservação desses
animais de delicadeza surpreendente (e isso não foi uma ironia!), resolvemos encarar. Os animais são amigáveis, mas a sensação é a de que a qualquer momento aquela massa gorda vai tombar e você será esmagado antes mesmo de se dar conta. E eles se alimentam das fezes do colega da frente antes mesmo do serviço ser finalizado, enquanto você "curte" o passeio em cima dele. Tem gente que ainda chama isso de férias...
Dos elefantes às girafas Talvez a parte mais legal do passeio foi nossa visita à tribo das Karen Long-Neck, que o grande SBT vendeu uma vez como a tribo das mulheres-girafa. Aqui mais uma vez ponderamos muito até que ponto transformar pessoas em atração turística é uma coisa legal, mas conversando com os locais vimos que, na realidade, elas precisam dos turistas. Originalmente de Burma (ou Birmânia ou Mianmar, pode escolher), as Karen são perseguidas por um governo fascista e conseguem refúgio na Tailândia, que lhes dá casa nas montanhas. A única maneira continuarem por aqui e sobreviver é gerar renda, o que é bom para o bolso delas e, por tabela, do governo tai. O artesanato baseado em fiação é excepcional. Elas criam as
crianças e seus maridos, segundo nosso guia, vivem da caça e pesca e só ficam nas aldeias durante a noite. Moram em casas de bambu. A característica da tribo são os colares dourados que elas colocam no pescoço, desde crianças, a cada ano que passa, podendo totalizar até 35.
Próxima parada: Luang Prabang, no Laos
Chiang Mai: Elephant and Long Neck ladies With unquestionable highs but with problems even for a Third World country, Thailand is a mystery in its capacity to attract tourists, who flock to the country four, five consecutive years and fall in love with the tropics. In Chiang Mai, in the north of the country and our last stop before heading to Laos, this trend is even more visible with a big community of expats enjoying the sun and the cheap beers a bit longer than they originally intended.
Chiang Mai, at least, is a great choice. Cultural heart of the country, this city of 1.6 million inhabitants is possibly the coziest and a successful case of fusion between Thai and western cultures. Its old quarter still houses remains of an old wall that used to protect the city against de
Burmese invasions. Nowadays, is an area of guesthouses, parks and no less than 300 temples, almost the same number as Bangkok, which is way larger. The city also holds the famous Night Bazaar, where hill-tribe people come to sell its goods.
Surrounded by mountains, Chiang Mai is also a great place for trekking, rafting, bungee etc. After another day of temple-hopping and chit-chat with monks, we decided to face some adventures outside the town. The rafting was pretty good considering the shallow waters. The following elephant ride looks idiot, and it really is. But apart from our fear of been smashed by our fat friends, the ride was fun.
The highlight of our staying in Chiang Mai was our visit to the Karen Long-Necks, or the tribe of the giraffe-women. We wondered a lot if it is fair to use people as a tourist attraction, but after talking to the locals we decided to take part in. Originally from Burma, the Long Neck women are persecuted by a fascist government and are refugees in Thailand. The only way they can make money is selling crafts to tourists, which, in the end, is good for them and for the
Thai government. They do some gathering and raise their children, while their husbands spend the day hunting and fishing. Why giraffe-women? They wear gold collars around their necks and add a new ring every passing year.
Next stop: Luang Prabang, Laos.
Advertisement
Tot: 0.162s; Tpl: 0.012s; cc: 13; qc: 77; dbt: 0.0801s; 1; m:domysql w:travelblog (10.17.0.13); sld: 1;
; mem: 1.2mb
anonymous
non-member comment
o que é esse boneco de cera! impressionante!!! a plaquinha de não toque dá até coceira de vontade de tocar... rs