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Continuando...
Chegamos no aeroporto de Berlim, onde a doutoranda com quem eu vou trabalhar, Sabine, foi nos pegar... de ÔNIBUS. Então, imaginem a cena: eu e minha amiga, cada uma com uns 40 kg de mala, andando de ônibus. E depois de metrô. E depois a pé, pois saltamos na estação errada. Chegou um ponto em que eu simplesmente não aguentava mais puxar a minha mala e, percebendo o nosso cansaço, a Sabine resolveu ligar para a doutoranda que vai trabalhar com a minha amiga e pedir para ela nos apanhar de carro e nos levar, com as malas, até a porta do prédio. Sentamos num barzinho e pedimos 3 copos d'água, que saÃram pela mera quantia de 4 euros!! Em compensação, deixamos todas as malas soltas na rua, sem nenhum perigo.
Estamos exatamente no centro, na ex-Berlim comunista, que é, teoricamente, a região mais descolada da cidade.Quando chegamos no nosso prédio, levamos um choque total: ele é estremamente acabado. Ele é todo pichado, tanto por fora quanto por dentro. O apartamento onde estamos é enorme, inclusive o quarto que estamos alugando, mas ele é todo horrÃvel. O péssimo estado de conservação só perde para a imundice da dona, que é uma figura à parte.
São 3 quartos: o nosso, que tem 2 colchões no chão, uma mesa e 2 estantes de ferro; o dela; e o outro ela usa como se fosse um escritório, todo bagunçado. A cozinha e o banheiro são estreitos e pequenos e muito sujos. Acho que ela não deve limpar a casa nunca. Talvez seja uma coisa cultural mesmo. O banheiro não tem chuveiro, só uma banheira com um chuveirinho, então a gente tem que tomar banho de joelhos. Em um certo momento, meu sabonete caiu no chão e ficou preto, de tanta sujeira. Esse é o tipo de coisa que temos que abstrair.
Ontem saÃmos para comprar desinfetante e uma escova, sacos de lixo, etc. Hoje eu limpei a banheira e o vaso (que tb é meio diferente do que a gente tem aà no Brasil).
Na frente do nosso prédio tem um bar, onde fomos no primeiro dia à noite. Eu tomei uma cerveja tÃpica de Berlim, que é misturada com framboesa ou algo do gênero. Nà o é boa, mas também não é ruim... é meio esquisitinha. também experimentei uma cerveja misturada com Sprite, que era melhor.
Ontem, andamos o dia inteiro, fazendo compras de mercado e coisas de casa e também explorando as redondezas. Essa parte da cidade é bem homogênea. Os prédios são quase todos iguais, alguns foram renovados; outros não. Mesmo os que foram pintados com cores vivas têm um ar sem graça.
Estamos meio impressionadas com a quantidade de grafite nas ruas. Parece um resquÃcio de protestos contra a divisão da cidade. Ficamos aqui imaginando que deve exixtir uma razão social para não limparem as pichações. Também tem um pessoal que é bem alternativo. No metrô, eu vi uma mulher velha com piercings e o cabelo pintado de laranja.
Acabamos não tirando fotos de nada pois o tempo está meio ruim. Ontem, por volta do meio-dia, fez um solzinho, mas agora está chovendo muuuuuito. Porém, não está frio. Hoje a temperatura deve estar em torno dos 18 graus.
Agora eu vou até a casa da Sabine para descobrir como será meu esquema de trabalho. Ela é um amor de pessoa, totalmente diferente da imagem que temos do povo alemão. As pessoas nà o interagem muito, mas quando interagem, sà o simpáticas.
à o caso da dona do apto onde estamos. Ela é doida e quase não nos falamos, mas ela é simpática quando perguntamos algo. Ontem ela chamou um amigo para me ajudar a configurar a internet. Ele também era um fofo, mas nà o sabia mexer no Windows, o que eu achei muto engraçado. Acabei descobrindo sozinha depois.
Voltando à Aline, a dona, ela é idêntica àquela atriz americana que fez Bridget Jones, a Renee Zellweger. Mas, ela nà o come'... e nà o toma banho. Ela só bebe vinho e deixa garrafas e copos espalhados pela casa toda. Eu e a Luisa rimos muito porque nunca sabemos qual serà o as reações dela.
Eu tenho que sair agora, mas quando voltar vou colocar as fotos que tirei do apartamento e do prédio.
Beijos a todos!!
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LUIZ ANTONIO
non-member comment
Berlin faz mal às bundas!
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