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Published: April 7th 2011
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Visita dos pais à Bordeaux
Miroir d'eau à noite, para começar bem Começo de julho de 2010: a um mês da data inicialmente pretendida para minha viagem, ainda estava empacado na burocracia. Não tinha o ok da CAPES, não tinha o visto, não tinha a passagem... para manter as esperanças, só mesmo a carta de aceitação da faculdade francesa e o pensamento otimista.
Foi nesse contexto de incertezas e de ansiedade à flor da pele que recebi a notícia um tanto quanto exata: “
Nós vamos te visitar, em outubro!” Hein!? Me visitar ou não, o certo é que pelo menos alguém da família iria conhecer Bordeaux naquele ano!
Felizmente tudo se acertou, e no final de agosto cheguei à França, em tempo de me instalar e de conhecer a cidade um mínimo suficiente para poder receber dois ilustres visitantes:
meus pais!
Os 12m2 da minha residência universitária seriam um pouco desconfortáveis para nós 3, então eles se hospedaram num hotel no centro, entre o Grand Théâtre, a Rue Ste-Catherine e a Place de la Bourse, ou seja, verdadeiramente no coração da cidade (
‘Hotel Quality Sainte-Catherine’, simpático, confortável e muito bem-localizado – eles recomendam!). Para facilitar, a recepcionista ainda sabia falar português, então eles logo se sentiram em casa.
Nos primeiros dias,
Jantar em família
Restaurant du Loup como eram no meio da semana e eu tinha obrigações do estágio a cumprir (essa é para quem achava que eu estava na vagabundagem), não fizemos mais do que encontros gastronômicos – uma saída para jantar seguida de um passeio noturno. Se por um lado não passamos muito tempo juntos, por outro foi bom pois pude descobrir alguns bons restaurantes da cidade! E nada como contemplar o Miroir d’Eau à noite para ajudar na digestão! =D
Sexta tirei o dia de folga (essa era para quem estava começando a acreditar que eu estava trabalhando pesado...) para tentar bancar um pouco o guia, mas não foi muito necessário. Eles já tinham descoberto o Office de Tourisme, já possuiam mapas e a revista com as atrações e já tinham até feito uns tours pelo centro histórico e para um château nos arredores da cidade! (Agora vocês entendem a quem eu puxei...).
Resolvemos andar aleatoriamente pelas ruas da cidade, seguindo o bom princípio do
“essa rua está mais bonita, vamos por aqui...”, e nisso acabamos descobrindo as ruínas do
Palais Gallien, uma arena romana dos tempos de
Burdigala que até então eu já ouvira falar, mas não fazia ideia de onde ficava.
Costelas à moda basca
Mãe e filho com a mão na massa Na sequência, passeamos pelo Jardin Public e pelos Chartrons, onde almoçamos no “Le Grat”, um restaurante basco muito bom e com menu a um preço bem acessível. Eu e a mãe optamos inocentemente por costelas; ao nos trazer o prato, o garçom faz a ressalva de que ali teríamos de comê-las à autêntica maneira tradicional basca – ou seja, mão na massa (os talheres da foto eram só para a salada e as batatas!). Fizemos uma lambança, mas foi bem divertido. Após o almoço fomos parar nos outlets do Quai des Marques, pronto, lá se foi o resto da tarde. Ao menos descobri que uma barra de chocolate Lindt lá estava 1 centavo mais barata do que no mercado onde eu compro! Agora sim minha vida mudou!
Sábado tive que acordar cedo e arrumar a casa para a “visita de inspeção” do meu cafofo. Assim como eu quando cheguei, eles ficaram bem satisfeitos ao ver o prédio renovado, em bom-estado, e o pai pôs-se a se imaginar revivendo seus anos de faculdade. Aproveitando o clima, fizemos um tour até minha école e depois eles puderam desfrutar das Vcub para uma volta no campus (o sábado de manhã foi
estrategicamente escolhido para isso).
A tarde voltamos para o centro, dessa vez para o quartier St.-Michel. Chegamos em tempo para ver o
Marché des Capucins ainda em atividade, com sua variada oferta de legumes, frutos do mar e carnes - pode ser um pouco chocante para quem tem “o estômago frágil”, mas fora isso os preços são bem bons.
Após o almoço, seguimos pela beira do Garonne até o
CAPC, museu de arte contemporânea de Bordeaux, que se situa num antigo armazém portuário. A entrada para a coleção permanente é gratuita e, independente do gosto pela arte, vale a pena ao menos para observar o prédio e as instalações. Quanto ao acervo, bem, é arte contemporânea... há uma boa variedade, com obras que nos provocam reações bem distintas, desde o “Oooohhh” até o “Quê? E isso é arte agora?!”. Questão de gosto.
No domingo, último dia da visita deles, fizemos um tour à St-Emilion e um de seus châteaux vinícolas, mas deixarei essa “lição sobre os vignobles do bordelais” para o próximo post.
Fazendo um balanço, eles vieram com a pretensão apenas de me visitar (e aproveitar para tomar vinho de qualidade direto na fonte, obviamente).
Eu, por outro lado, queria que eles se surpreendessem com a cidade, e voltassem com a certeza de que eu estava muito bem por aqui. Como disse a mãe, durante uma aula de inglês pouco após ter voltado de viagem:
Bordeaux is as beautiful as Paris!
Missão cumprida! 😊
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Daniel Vega
non-member comment
Não vou dizer que Bordeaux é tão bonita quanto Paris (e definitivamente não mais bonita do que Nice :)), mas é muito bonita. Minha experiência com as bicicletas não foram tão boas assim (considerando que só andei de bicicleta debaixo de temporal ou então às 4h da manhã), mas ajudou a não perder o trem (pela segunda vez no mesmo dia!) hehe E tá meio atrasado hein... comecei lendo o post sobre julho de 2010 e já estamos quase em julho de 2011... acelera aí senão depois q vc voltar pro Brasil já não vai ter mais vontade de escrever aqui :P Abç