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Published: February 27th 2010
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Um dos grandes baratos de uma viagem independente é ter a chance de ir (ou não) com a maré dependendo do seu estado de espírito. Daí ficarmos 20 dias nas praias do sul e o mínimo possível em Koh Samui e Kanchanaburi. O que conta é a disposição, os atrativos e aquilo que queremos fazer na seqüência. Seguir o roteiro original, porém, ainda é a meta. Nessa toada, seguimos para as regiões central e centro-norte da Tailândia, para duas cidades bastante agradáveis em aventuras bem ao estilo Indiana Jones: Ayuthaya e Sukhothai.
Ambas Patrimônio Histórico da Unesco, essas cidades são conhecidas por guardarem ruínas centenárias que datam dos primórdios da Tailândia, e explicam como monarquia e budismo já se difundiam antes mesmo da nação existir como é hoje conhecida. Ayuthaya era a capital do país antes da transferência para Bangkok e é hoje um palco de peregrinação para budistas do país todo. Cercada por três rios, é dividida entre a parte interna, dentro da "ilha" (onde fica a maioria das ruínas dos templos budistas) e a parte "exterior", separada por pontes.
Algumas isoladas, outras surgindo do nada, no meio de casas, as ruínas são impressionantes e tomaram um dia
e uma manhã para serem percorridas. No meio de torres, grandes muros e estátuas budistas de todas as formas, o grande destaque fica para a cabeça de um Buda que foi completamente envolvida pelos troncos de uma árvore. Não se sabe a razão ao certo, mas especula-se que a estátua teria sido decepada durante o ataque das forças de Mianmar que forçaram a fuga da família real para Bangkok (outra lenda diz que um ladrão tentou roubar a cabeça, mas não agüentou o peso e a abandonou pelo caminho).
Também vale o destaque para os passeios noturnos por Ayuthaya, já que o bom trabalho de conservação inclui uma série de templos iluminados. Foi numa dessas que cruzamos com nossa primeira motorista de túk-túk mulher, um híbrido de Tai da periferia com mano da ZL e guia turístico. Sobre os templos, pouca informação. A conversa era mais sobre tailandeses que batiam nos turistas a paulada dentro das ruínas para roubar dinheiro e câmeras fotográficas. Tudo muito amigável. Mas ela fez questão de dizer que não tinha nos levado às ruínas para bater nas nossas cabeças.
Não deixa de ser engraçado como os tais puxam assunto a qualquer oportunidade, e
vão um pouco além da conta no quesito intimidade - o que para eles é absolutamente natural. Depois do típico "de onde vocês vem?", vem emendado um verdadeiro interrogatório (onde vocês estão hospedados?, quanto pagam pelo quarto?, quantos dias na Tailândia?). Nossa viagem de seis meses, obviamente, é reduzida a meras férias escolares de duas semanas para desviar os olhos de nossas carteiras. Mas por trás de toda curiosidade existe gente muito cordial por essas bandas e não raro conversamos com tais sem que dinheiro estivesse e jogo.
Continuando a viagem, Sukhothai, alguns bons quilômetros ao norte do país e a cidade que foi a primeira capital da Tailândia antes de sucumbir para Ayuthaya, é bem ordinária. O destaque fica para as ruínas, todas concentradas em um parque histórico a 12km da cidade, sem nenhum sinal de civilização. O lugar é um espetáculo e pela fortuna de US$ 0,90 rodamos o sítio um dia inteiro de bicicleta. As fotos dão uma idéia melhor do lugar.
Ayuthaya e Sukhothai: ruins One of the great points of independent travelling is having the chance of going with the flow. That’s why we’ve spent almost 20 days on the islands and
just a bit in cities like Ko Samui and Kanchanaburi. But our goal is still stick to the original plan. Following our itinerary we headed to the centre and north of the country, to two delightful cities full of Indiana Jones-style adventures: Ayuthaya and Sukhothai.
Both UNECO World Heritage Sites, the cities are famous as the ground of ancient ruins dating back to the origins of Thailand. Surrounded by three rivers, Ayuthaya was the former capital of Thailand and nowadays is a site of Buddhist pilgrimage. Some isolated, others popping up in the middle of urban areas, the ruins are impressive and took us a day and a half to get around. Between towers, great walls and Buddhist statues, the highlight is a massive Buddha head engulfed by tentacle-like tree roots.
The night-tours in Ayuthaya are also a great way to explore the city and see the temples from a different perspective. Scary was the tuk-tuk driver (a girl!) telling tales about some crooked Thai beating and robbing tourists. But she was honest (at least she said so) and was not going to hit us….
By the way, is interesting the way Thais talk to you about
almost everything. Intimacy doesn’t seem a problem here, and right after asking where are you from, they ask you where are you sleeping, how much did you pay for the room, how many days in Thailand etc. Just in case, and to keep our wallets safe, we always say that we’re travelling for no more than two weeks.
Sukhothai, the first capital of Thailand, is pretty much ordinary. Its appeals lies in its ruins, concentrated in a historical park about 12km from the city. Less urban than in Ayuthaya, the ruins here are worthwhile and, spending something like US$ 0,90 we had the whole place for ourselves for a long day.
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Júlio
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"primeira motorista de túk-túk mulher, um híbrido de Tai da periferia com mano da ZL e guia turístico"] Sempre me divirto com os personagens caricatos das suas histórias...estou diversos postos atrasado, eu sei, mas quero ir lendo um a um e me divertindo com as histórias. Muito legais essas fotos das ruínas, deve ter sido um momento bem rpgístico =P...e essas cabeças e estátuas bizarras são muito características daí rsrsrs...mas a foto do tuk-tuk noturno ficou excepcional! Avbraços e ótimas viagens, agora q estarão no lado mais familiar do mundo! Júlio