西遊記 - Journey to the West - Viagem para Ocidente


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China's flag
Asia » China » Tianjin
October 1st 2008
Published: October 1st 2008
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XiyoujiXiyoujiXiyouji

Desenhos animados do macaquinho!
Hoje foi o dia nacional da China, 1 de Outubro, dia da Fundação da República. Por isso fomos à 古文化街 (guwenhuajie - rua da cultura) para assistir às festividades. Uma das representações mais presentes no desfile chinês, prendia-se com o clássico da literatura chinesa Journey to The West. Originalmente publicado em 1950 durante a dinastia Ming em pleno anonimato, a sua autoria foi concedida no século 20 a WuChengen. No ocidente o livro é mais conhecido por ‘Monkey’ ou Adventures of the Monkey God. A história gira em torno do monge budista Xuanzang - inspirado num monge que de facto existiu durante a dinastia tang - que vagueia entre a China e a Índia à procura de preciosos sutras budistas. O monge e mais três discípulos são encarregues da procura dos sutras, tarefa essa dada por um importante bodhisattva (Guanyin). Assim os discípulos seguem o monge na reconquista do seu passado e dos importantes sutras. As aventuras e desventuras nos confrontos com os diversos demónios dão ao enredo uma dinâmica muito própria.


Os demónios representados nos livros são vistos por alguns leitores como satíricos do governo chinês da altura, em decadência, uma vez que as histórias se desenrolam essencialmente à volta dos elementos da mitologia chinesa. Pode parecer uma referência obscura ou longínqua para muita gente, mas a verdade é que este foi o livro que inspirou todo o enredo do Dragonball, referência pop por excelência da forma como esta obra se divulgou. E porquê falar disto num travelblog? Pois é, as referências a este livro são talvez a reminiscência literária mais presente no dia-a-dia chinês. Todos os dias de manhã lá tenho eu de levar com os desenhos animados sobre o monge Xuanzang e seus amiguinhos animalescos (são os desenhos animados do Xiyouji de manhã e as máscaras anti-pigmentação à noite…), para além de que qualquer manifestação teatral clássica vem sempre ter ao livro. O facto de ser um livro extenso - 100 densos capítulos - talvez seja parte da justificação; Há sempre por onde se pegar no livro para se reconstruir uma nova ópera, um novo filme ou um novo desenho animado (são às centenas) mas penso que o estilo épico e mitológico muito típico se está a perder e um dos únicos alicerces será esta obra estabelecida como canónica, uma daquelas referências ancestrais que passam a ser um símbolo do folclore e da cultura popular.


E como este post foi assim tão cultural eu para a próxima prometo postar mais fotos de japoneses giros mas a sério, é bom pensar sobre algumas coisas, quanto mais não seja, chega a ser bom comprar revistas chinesas tipo ‘gente’ ou ‘tvguia’ porque na realidade estar na China há anos a estudar chinês e não se saber quem é, sei lá, por exemplo, a Zhang Zi Yi? Não é algo de muito normal…ai, espera, quando estava no anúncio da Zhang Zi Yi as italianas não estavam mesmo a ver quem era a moça? Pois… lá está… :s

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2nd October 2008

^_^
Bravo Sara! Já tinha lido que o macaco do Songoku era baseado numa obra chinesa ^^. Não sabia é que essa obra era tão famosa e importante para o folclore Chinês. ^-^; Eu cá gostei do teu post cultural! *claro que sim!!! queremos ver fotos de japoneses giros!! :D LOL* See u *

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