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Published: October 10th 2005
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01. Taganga
Taganga com a Serra Nevada de Santa Marta de fundo. Santa Marta e Taganga
De Cartagena segui para noroeste, para Santa Marta, a mais antiga cidade colombiana, apesar de ter perdido o seu carácter colonial.
Em termos culturais a cidade oferece pouco, mas muito interessante do ponto de vista social. Aquí sim, sinto que estou na Colômbia.
O planeamento urbano é incrívelmente simples, ruas paralelas numeradas, calle 1, calle 2, calle 3 e por aí fora, perpendiculares a avenidas paralelas e numeradas, avenida 1, avenida 2 e seguintes.
O trânsito é caótico. Sobresaiem carrinhas de 9 lugares tipo Hyace que “voam” pela cidade transportando pessoas. São o transporte público número 1. Apesar de limitadas a 9 lugares está provado que podem transportar até 15 pessoas. 10 sentados e 5 “agachados”. O funcionamento deste sistema de transporte é bastante curioso. Para o mesmo trajecto competem várias empresas particulares com veículos semelhantes. O único funcionário destas empresas é um motorista com características de Montoya. Auxiliado por um cobrador, geralmente amigo pessoal, que, pendurado do lado de fora da carrinha, vende o serviço gritando o itinerário. Este cobrador entra e saí de cena inesperadamente. Outro dos intervenientes está de bloco em punho e controla a passagem dos diversos carros. A função é informar
02. Rua típica de Taganga
Não passei por nenhuma rua alcatroada nesta vila. os motoristas da diferença de tempo em relação aos carros de empresas concorrentes que competem para o mesmo trajecto, também ele um detector de oportunidades, um
free-lancer do trânsito. Esta “corrida” faz com que por vezes compense não parar para entrada de passageiros de forma a ultrapasar o carro que se persegue podendo assim recolher mais clientes, iniciar a viagem de regresso em vantagem e “tirar” melhores tempos que as restantes empresas. In loco tudo é mais simples do que parece. Basta estar no percurso estender o braço e esperar que um dos carros pare. A frequência é constante e a viagem custa 800 pesos, cerca de 30 cêntimos.
Como Sta Marta é um pouco caótica, a calma vila piscatória de Taganga, a 5 Km de Sta. Marta, pareceu-me melhor opção para encontrar estadia. Por 10.000 pesos diários, cerca de 4 € tive direito a quarto com casa de banho privada. Um luxo. Pude então preparar as visitas à Ciudad Perdida e ao Parque Nacional Natural de Tayrona.
Parque Nacional Natural de Tayrona
Um dos mais famosos parques naturais da Colômbia é uma selva tropical, com 12.000 héctares. Situada no limite da Serra Nevada de Santa Marta,
03. Assim se rema em Taganga
Quem sou sou eu pra criticar. que entra mar adentro formando várias baías e praias de sonho.
Outrora território Tayrona o parque conserva viva uma aldeia indígena pré-hispânica.
Pueblito está a 2 horas da costa. Por entre vegetação e ribeiras, subindo a selva serrada chegamos a esta aldeia onde vivem 2 familias Kogi que mantém as tradições de uma civilização que daqui é originária.
Com este nome indígena reconhece-se um povo de pescadores, que sai cedo pela manhã para regressar pouco depois com as redes carregadas de pargos e peixe serra fornecendo alguns dos restaurantes de Santa Marta. O resto do dia estão desocupados. Amigos, dominó e uma garrafa de rum são convertidos em actividades produtivas: alimentam o espírito.
Assim, tranquila, é a vida no parque Tayrona onde a natureza manda. Elege as cores, produz a sua própria música com a ajuda de aves e ondas e expressa os caprichos do seu temperamento.
O objectivo do parque é conservar áreas naturais de pouca intervenção para investigação científica, actividades recreativas e educação ambiental. Conservar recursos de fauna e flora, assim como valores históricos culturais e arqueológicos.
Desde a entrada caminha-se 2 horas, para quem não quiser pagar €1 e ir de jeep, até Cañaveral, onde fica a
04. Entardecer
Ao fim da tarde os mais novos brincam no pontão. zona administrativa do parque, e daí mais 45 minutos, desta vez por caminhos de terra, até Arrecifes. A primeira baía, onde se pode alugar uma rede por 5.000 pesos/noite e dormir ao relento, junto à praia. A 20 minutos fica a baía das Piscinas que deve o nome ao facto de ser a única zona segura para nadar. Correntes fortes em baías abertas como a de Arrecifes impedem-nos de entrar na água. Mais 20 minutos de caminho e chegamos ao Cabo San Juan de la Guia onde pescadores oferecem dormida e comida e as praias são "nadáveis". Daqui, subindo a serra, parte o cénico caminho, pela selva, até
Pueblito. De volta a Taganga preparo a visita a
La Ciudad Perdida.
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Goncalo Mendes
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Sasá , curte muito cabrão
Sasá , curte muito cabrão. vi todas as fotos que achei espectaculares. estou no meio do trabalho e agora não dá para escrver muitas coisas. bjs e abrç Gonzo