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Uma das viagens mais divertidas, em companhia de uma querida amiga e outros amigos loucos como nós.
Durante o vôo Aerolineas Argentinas de poltronas de couro vermelho (cruiz!), tinha de um lado a Adriana que dormia, já cansada de brincar com as garrafinhas de whisky vazias; e do outro meu walkman tocando Elton John, Pet Shop Boys, Madonna, Heitor Villa-Lobos, Tonico e Tinoco, Robin S, John Coltrane, Michael Jackson, Stero MC’s e sei lá mais o quê. .. Ah sim, sempre tive um gosto musical muito versátil!
Era um tempo em que faziam sucesso É o Tchan, Deborah Blando e outros tormentos, mas a gente se refugiava nos clubs e cafés alternativos dos Jardins e da Vila Madá, em São Paulo. Claro, sempre depois de enxugar os copos do Director’s Gourmet, o bar da Adriana, point de sucesso na Al. Lorena ainda hoje.
Muito engraçado relembrar tudo isso mais de 10 anos depois!
Nem me lembro qual era a moeda da vez na Argentina ou em qual desastre econônico estavam metidos, mas graças a São Fernando Henrique, o Real para eles era mais cotado que o Dólar e a gente nem precisou fazer câmbio. Incrível que na época,
uma garrafinha de água custava o mesmo que uma latinha de Quilmes (eca!) ou que uma garrafa de ótimo vinho branco local (e na bandejinha de gelo!), por isso estávamos quase sempre... sóbrios.
Os argentinos foram muito gentis e simpaticos conosco o tempo todo, ao contrário da imagem que seus jogadores de futebol possam passar ao mundo.
Com o calor do verão portenho a gente suava pelas canelas. Mesmo assim alguns argentinos faziam questão de nos mostrar um terrível engano geográfico cometido contra eles. Na área do Pátio Bullrich, pleno fim de semana, homens de terno de lã e mulheres aloiradas, de sombra azul e pesados casacos de pele, nos davam a impressão de estar em algum país europeu. Foi quando percebemos o motivo do ar condicionado patagônico alí dentro.
Talvez fosse uma ilusão coletiva, pois a baixa qualidade x altos preços dos hotéis era outra evidencia de que a Argentina na verdade está na Europa.
A propósito de compras, saímos um dia após o almoço todos animadinhos pela Calle Florida e encontramos tudo fechado. As lojas ficavam abertas até tarde, mas a “siesta” era ainda um hábito perfeitamente respeitado.
Os taxis eram meio podrões, mas
Mendigos dos Jardins de São Paulo
... ick... essa gente não se envergonha... custavam pouquíssimo. No preço era incluído um racha com o taxista do lado ou um looping no Obelisco, e eu tinha infinitos ataques de riso com isso, especialmente com a possibilidade do looping. Cada vez que chegávamos ao nosso destino saíamos correndo do carro e alguém sempre soltava um: “Affff Maria-Minha-Nossa-Senhora-Aparecida!"
Amei a feirinha de antiguidades de San Telmo, onde se podia achar de tudo e ainda assitir uma apresentação de tango, que no nosso caso incluiu o mico da Adriana dançando com o bailarino. Ela vai ler neste blog que fui eu que fiquei alí pelas costas, com o dedinho apontando pra cabeça dela na hora da escolha entre o público: “ella, ella...”. Foi ótimo porém, pra fugir da roubada das casas de tango que custavam caríssimo e de jantar serviam só um talharim ao molho de sabão de coco.
Nosso tour foi mais ou menos assim:
Bairro da Recoleta - Muito charmosinho, cheios de cafés, restaurantinhos, galerias de arte e muito movimento. Na fundação de Buenos Aires, os padres franciscanos construiram um convento alí.
La Boca - Bairro pobre, de imigrantes italianos genoveses. As casas bem coloridas faz do bairro atração turística. O Caminito inspirou
o tango que imortalizou Carlos Gardel.
San Telmo - O mais antigo bairro da cidade de casas coloniais, com fama de boêmio. Aos domingos, não perca a famosa feira de antiguidades com tango.
Avenida Corrientes - Grande atividade noturna, com bares abertos a noite inteira.
Calle Florida - Calçadão comercial, com lojas de roupas, livrarias e confeitarias.
Teatro Colón - Neo-clássico de 1908. Temporada artística de abril a novembro.
Puerto Madero - Nomeado em homenagem ao comerciante Eduardo Madero que em 1882 apresentou a copia do projeto do porto de Londres ao governo Argentino. Os antigos armazéns no Rio da Prata foram transformados em lojas, escritórios e restaurantes. Boas churrascarias!
Bosques de Palermo - 300 hectares de área verde e lagos com pedalinho. Divertido ver os " Passeadores de cachorros", que chegam a levar cerca de 12 cachorros de uma vez... ou o contrário.
Ah, e teve uma festinha de reveillon também...
That's all folks!
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