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Published: February 4th 2007
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Uma parada para jantar, num restaurante terrível! (viagem p/Corumbá)
da esquerda para a direita: Vitor, Ademir (Ademar), Gabriel(Zenun), João, Bruno, Rafael (Gorla) e Lucas (Gorlinha).
Entre parênteses, apelidos que podem ser usados nos próximos posts, hehe.
Pelo menos aproveitamos para tirar uma foto com todo mundo, mas não deu pra ser na frente no busão porque aquela porcaria não chegava nunca! O primeiro dia da viagem não-propriamente-dita começou como todos os demais, pontualmente à meia-noite. E também como qualquer outro dia, eu estava acordando arrumando as minhas coisas. Metade do meu tempo eu passo bagunçando, a outra metade arrumando. É uma decisão cruel: eu deixo de bagunçar ou de arrumar?
Digressões à parte, nesse dia eu tinha um motivo para estar arrumando as minhas coisas. Às onze horas viajaríamos para Corumbá, fronteira com a Bolívia e ponto de partida pruma viagem pela América do Sul. Se fosse só isso não seria um grande problema, acontece que eu tinha que esvaziar as coisas da República, prestes a ser desfeita. E não era só tirar, eu tinha que levar para algum lugar em que as coisas pudessem ficar lá por um bom tempo, já que eu não tinha (e ainda não tenho) data para voltar. Enfim, as coisas acabaram ficando na República do Ademir (que fez parte do grupo inicial dos viajantes). Poderia ficar incomodado por estar atrapalhando os caras que moram com ele (eu deixei muuuuitas coisas lá, praticamente a minha vida em Sampa, hehe), mas como o meu PS2 ficou lá também, fui viajar sussa quanto a isso.
Terminei de
Eu e Gabriel na frente do busão para Corumbá
Acho que nem foi na frente do busão quando saiu da Barra Funda, mas sim numa parada para almoçar. Não deu tempo para tirar fotos na rodoviária, já que eu e o João chegamos em cima da hora, hehe arrumar umas duas da manhã, só ficou faltando as coisas pra levar na mochila pequena, que eu ia pegar emprestado com o Shingai de manhã. Acordei às seis pra levar comprar comida, levar as coisas na casa do Ademir, tomar banho e arrumar a mochila de mão. No dia anterior tinha combinado com o Ademir de irmos juntos à rodoviária, então deixei as coisas na casa dele de manhã cedinho, mas como ele não estava, deixei avisado que passava mais tarde pra deixar as últimas trouxas.
Quando eu passo de novo lá, por umas dez da manhã, o rapaz já tinha ido embora! Por falha de comunicação, como ele viu que as minhas coisas estavam lá e eu não, achou que eu tivesse ido sozinho. 'Bora pegar um táxi correndo, já que eu tinha perdido um bom tempo tocando a campainha e tentando encontrá-lo. Pra piorar, como eu achava que ia com ele pra rodoviária, nem anotei o nome da companhia, o horário do ônibus, a plataforma, etc... Bem, eu estava sussa, ia procurar pelas plataformas da rodoviária do Tietê, nenhum grande problema.
Pois bem, o taxista era uma lesma, e quanto mais eu pedia pro desgraçado ir mais rápido, mais ele fazia questão de esperar o sinal ficar amarelo. Como desgraça pouca é bobagem, ele pegou um caminho muito bizarro pra ir pra lá, e ainda falou que era o único que tinha. Pra minha felicidade, apesar da lerdeza do motorista, o caminho era mais curto do que aquele que eu conhecia e acabei chegando com uma certa folga, às 10h35 (o ônibus saía as 11h, só pra lembrar). Eu teria tempo pra procurar no corredor de plataformas, o que não deveria ser um problema, já que sete mochileiros chamam atenção suficiente.
Eis que eu olho eu todas as plataformas e não encontro os carros. Começava a me questionar seriamente se estava no lugar correto. Procuro as empresas de ônibus que fazem a rota até Corumbá mas não consigo encontrar nenhuma. Um pouco menos tranquilo, e já preocupado em começar - ou melhor, não começar - a viagem com o pé esquerdo, encontro outro perdido do grupo, João Paulo, que deveria ser o cara mais bem informado e seguro, perguntando se a gente estava na rodoviária certa. Mais uma caminhada entre os guichês das empresas, nada de Corumbá. No balcão de informações, exatamente às 10:50, confirmaram o nosso pior pesadelo: o ônibus sai da Barra Funda e não do Tietê!
Dez minutos pra chegar na Barra Funda? Impossível, não em São Paulo e seu trânsito caótico. Tentamos ligar para o celular do resto do grupo, pra rodoviária, pra empresa do busão, tudo pra dizer "Já estamos chegando, pelamordedeus nos esperem". Até parece que isso iria dar certo... Bem, isso não deu, mas o taxista foi voando, psicopata total, cortando tudo no caminho, atropelando velhinhas e coisas do tipo (nem tanto né...). Pelo menos chegamos em oito minutos, na esperança de o ônibus não ser 100% pontual. Tentamos entrar na Barra Funda pela saída dos ônibus, mas os guardinhas obrigaram a gente a subir aquelas malditas rampas e dar aquela maldita volta como todos os malditos mortais. Subimos correndo como burros de carga com aquelas mochilas na mão e ainda tínhamos que procurar a plataforma. Como desgraça nunca é pouca, a plataforma era a ÚLTIMA do corredor, o que prolongava o suspense se havíamos perdido ônibus ou não.
Obviamente (depois) o ônibus estava lá, junto com toda a galera preocupada com a gente. Xingamos o Gabriel por não ter avisado expressamente que a rodoviária era a da Barra Funda e o povo ficou zoando da nossa cara por causa da nossa desinformação. A viagem até Corumbá seguiu normal como qualquer outra viagem: fedorzão de banheiro, crianças irritantes, paradas em lugares péssimos para comer.
No final das contas deu tudo certo, mas a história não teria terminado tão bem se eu não tivesse o João também perdido na rodoviário (provavelmente voltaria pra casa puto da vida pra tentar pegar o busão do dia seguinte). Moral da história: mesmo que você esteja no lugar errado, na hora errada, nem tudo está perdido se você não está sozinho!
peésses:
1) como a gente chegou correndo pra pegar o ônibus, nem deu pra tirar aquela foto clássica com as mochilas na frente do busão. Portanto, é o dia em que posto menos fotos, e as fotos são as que menos querem dizer alguma coisa por si só, já que foi um dia de muita história para poucas imagens.
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