Salar de Uyuni, um lugar mágico

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Embora seja um dos países mais pobres da América do Sul, a Bolívia me surpreendeu em termos de paisagens e culinária. O Salar de Uyuni é um lugar mágico, onde céu e terra se unem, sem linha do horizonte: você não sabe onde o chão termina e o céu começa. Simplesmente maravilhoso.

Fomos em janeiro, época de chuvas, e isso ajudou a moldar esta paisagem: o céu era da mesma cor que o solo de sal, e a água ainda ajudava tudo a se refletir e virar a mesma coisa. Em um só lugar, terra e céu.

Foi uma experiência incrível.

Porém, é preciso lembrar que, para conhecer o Salar de Uyuni , a maior planície de sal do mundo, com 10 mil km², a mente e o espírito devem estar abertos a novas experiências.

Fizemos uma excursão de 3 dias, e dormimos 2 noites em casas humildes, no meio do deserto, portanto, sem aquecimento nos banheiros. O resultado é que não tomamos banho durante toda a experiência. Ao longo do dia, ficávamos “ocupados” conhecendo o lugar. À noite, quando descansávamos, fazia um frio nada convidativo para um banho gelado.

Eu só fui tomar banho quando voltei para o vilarejo de Uyuni, onde havia hotéis com banhos quentes -- e como foi bom esse banho quente! Eu me lembro até hoje, pois estava cheirando ao enxofre das águas termais do Salar, o último passeio que fizemos.

Ao longo dos nossos 3 dias de excursão, também vimos muitos flamingos nas lagoas – depois, eu fui pesquisar e descobri que o Salar abriga muitas espécies deles. Posso dizer que eles deixam a paisagem ainda mais bonita. Ao lado das lhamitas, claro, rs.





Enfim, acredito que conhecer o Salar de Uyuni é um passeio “roots” que, com certeza, vale muito a pena.

Ele está localizado entre os departamentos de Potosí e Oruro, no sudoeste da Bolívia, a uma altitude de 3.600 metros. Foi formado a partir de transformações entre diversos lagos pré-históricos, e é extremamente rico em lítio, concentrando de 50 a 70% das reservas mundiais de lítio. O Salar, claro, também tem muito sal: estima-se que em torno de 10 bilhões de toneladas. Por ano, são extraídas cerca de 25 mil toneladas.

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