Ushuaia


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November 8th 2010
Published: November 12th 2010
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O dia comecou cedo quando Julio veio nos buscar.

(mas quem diabos é Julio?!?!?!?)

Pois bem, logo que chegamos no aeroporto do Ushuaia, no primeiro dia, quem nos trouxe para o albergue foi esse taxista simpatico e falastrao, o Julio. Habituada ao ramo da informatica, Erika remeteu ao tempo dos quests e sabiamente pediu um cartao dele, pois poderiamos precisar em breve na fase seguinte, e foi o que aconteceu.

Um dia depois, o plano era ir para o Parque Nacional fazer a trilha chamada "Senda Costera" ou algo assim. Passo vergonha diariamente por nao fazer ideia de onde estou indo. Partimos cedo, morrrrtos de sono, pelo menos eu e a Flavinha, pelos excessos da noite anterior, andando como mendigos na cinza e triste manha ushuaiaca. A trilha, talvez influenciada pelo mau tempo, foi digna de Nelson Rodrigues: bonitinha mas ordinaria. E rapidamente ganhou apelido: "Angra dos Reis", porque parecia que era uma trilha qualquer. Nao era ruim, era bacaninha, mas nada de mais. Nada de muito especial ocorreu alem do pavor e medo que a Flavinha sentiu ao ver dois cavalos no coito feroz no meio da relva. Relatos da nossa expedicao no entanto discordam de mim: "Que estranho. Qual era o macho? Procurei mas nao vi nada!" - disse a pesquisadora que preferiu nao se identificar.

Fim da trilha, voltamos para a cidade um tanto quanto desanimados, mas decidimos ir ao Glaciar Martial para ver a vista. O local é um pico que se pode chegar por exemplo de taxi ate um ponto e a partir dali subir a pe para ter uma vista da cidade. E ao sair do taxi.... toc toc toc.... NEVE! Saltitamos como 3 criancas de 5 anos quando a neve comecou a cair, deixando o chao branco como nos filmes e a nossa mente colorida.

Pulamos de la pra ca e logo ja nao perdia a oportunidade de pegar bolinhas de neve e jogar na cara das minhas duas amigas. Sensacional! Com certeza é um relato deslumbrado do terceiro mundo, e com certeza a neve deve ser uma praga para plantacoes e a vida continuamente. Mas pelo menos por uma vez, era lindo. Depois precisei ir ao mercado e lembro de ter parado por uns 5min sozinho numa esquina so vendo a neve cair enquanto as pessoas passavam. Incrivel.

Arrumamos tudo no Freestyle e partimos feroz para o Dublin mais uma vez, onde haviamos marcado com nosso recem amigo Cristian, o gente boa e bonitao sujeito que trabalhava num navio que estava descarregando containers em Punta Arenas. La tive uma experiencia paranormal: vi meu espirito sair do meu corpo e agir no corpo de outra pessoa. Dentro do meu parecer e do da Flavinha, estava rolando um climao ali entre ele e a Erika, que certamente me matará ao ler este post. Pois veja bem, estavamos todos meio cansados, e ele nao fazia nada mais incisivo, e entao quando anunciamos que iamos embora ele continuou sem fazer, apesar de estar na cara dele que ele queria. O auge foi quando ele nos perguntou se eramos solteiros, e emendou: "eu tambem!". Pensei: "que patetico! é assim que eu faco tambem!". É, amigo! Né mole nao!

A volta ao albergue foi algo de totalmente sensacional para coroar a noite: Os carros e ruas estavam cobertos de neve, e as pessoas na rua comecaram a pegar as neves e jogar nos transeuntes, que revidavam alegremente. Jogamos e recebemos bolas de neves de desconhecidos enquanto corriamos como retardados mentais rindo para o albergue. Nossos companheiros islaelenses nao estavam mais la, e nos queremos mais é que eles nao se explodam.

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