Advertisement
Published: November 16th 2010
Edit Blog Post
O primeiro mês de uma experiência como essa passa incrivelmente rápido, em especial porque tudo ainda é novidade - até mesmo uma possível ‘rotina’. Muitas são as histórias para contar, as sensações a compartilhar, mas sei que vocês têm mais o que fazer da vida, então segue uma tentativa de resumo do que houve de mais relevante no período (mas bem, antes que alguém reclame, nunca fui bom com resumos!).
A vida na escola Como mencionei no post anterior, somos ao todo 6 brasileiros na ENSCBP, 3 vindos da UFSC (Florianópolis) e 3 da PUC-PR (Curitiba). Da primeira temos eu e Fernando, da Eng. Sanitária e Ambiental, e o Rodrigo (japa), da Eng. De Alimentos, enquanto pela PUC vieram a Fran e a Tany (Eng. De Alimentos) e a Laís (Biotecnologia). Todos cursarão o 3º ano, então no geral o programa é o mesmo que o meu (que apresentei no post
“Rentrée Scolaire”). Um detalhe curioso: as 3 meninas de Curitiba são mesmo de lá, enquanto entre nós da UFSC não há nenhum catarinense (os outros dois são de SP). Não é muito diferente do que observamos nas turmas lá (para a ira dos manezinhos). Enfim, esses são apenas
os brasileiros da escola. Fora eles, como sempre, há mais inúmeros pelo campus – só no prédio onde moro há mais 4, e nos prédios vizinhos uns outros tantos. É impressionante como brotam brasileiros nos mais variados lugares...
Por falar em nacionalidades, a escola não é muito variada. Fora nós 6, sei de 2 mexicanos, algumas poucas pessoas dos países francofônicos da África (Senegal, Marrocos, Argélia, Tunísia) e umas outras meninas que, pela aparêcia e pelo nome, suspeito serem de algum lugar da Ásia, chutaria Vietnã. Entre os franceses, por outro lado, a variedade é maior: há gente vinda de todos os cantos (Paris, Marseille, Lille, Bretagne, Lyon e por aí vai), até mesmo dos territórios e possessões franceses (há uma menina da
Reunião! Há uns bordelais também, mas não são a maioria – o que me lembrou bastante a UFSC.
Algo que achei bastante interessante é que aqui há inúmeras associações e grupos, que vão desde os mais tradicionais como grêmio estudantil (BDE), atlética (BDS), empresa júnior, associação humanitária até um grupo de vela (!), de enologia, de fitness, de danças brasileiras (!!) e mesmo de pompons (estilo cheerleader mesmo). Logo na primeira semana houve uma espécie
Pré-soirée feria
Feria = festa basca, as cores da noite eram o branco e o vermelho. de ‘feira’ onde todos os grupos se apresentavam e assim podíamos nos inscrever para as atividades. Optei pelos seguintes: vela (ok, essa era óbvia), teatro, fotografia e o WES (final de semana de esqui que acontecerá em janeiro). Nenhum deles começou ainda em setembro, então por ora deixarei a curiosidade de vocês à solta.
No entanto, não faltaram atividades no mês. Para começar, fora os inúmeros
barbecues, appéro e etc que volta e meia acontecem (momentos de convivência, digamos), há ainda, a cada 15 dias, uma grande
soirée temática. O pessoal aqui, em geral, curte fantasiar-se, o que sempre garante umas boas risadas. Além disso, houve ainda o WEI (fim de semana de integração, que marca o fim das atividades de recepção aos calouros), mas deixarei-o para o post seguinte.
O estágio Voilà, nem tudo são viagens e festas aqui (ciente, mãe?). Nosso estágio (digo nosso pois é o mesmo para mim e para o Fernando) está sendo realizado na própria faculdade, dentro do serviço QHSE – Qualidade, Higiene, Segurança e Ambiente. O tema principal é a gestão dos resíduos, o que no caso abrange desde resíduos domésticos comuns até uns resíduos químicos mais mirabolantes (destaco a
Área de expedição
Um dos nossos pepinos no estágio solução
‘Piranha’, uma mistura particular de ácidos extremamente corrosiva). Já existe um sistema bem desenvolvido em funcionamento (a escola é, inclusive, certificada ISO14001), mas, dentro de uma lógica da Qualidade (essa é para os colegas de EJESAM), a busca é sempre pela melhoria contínua, e é aí que nos encaixamos. Já que somos novos no meio e temos um ‘olhar externo’ da situação, nosso trabalho será diagnosticar a situação atual para a partir disso propôr vias de melhoria. É bastante interessante e desafiador, pois nos fará visitar toda a escola e falar com um bocado de gente para obter as informações. Não vou me alongar no assunto aqui, mas caso alguém tenha interesse em saber mais, estou à disposição! Fora isso, nos futuros posts referentes a outubro e a novembro direi mais sob o andar do trabalho.
A vida em Bordeaux Sim, afinal estou na 5ª maior cidade da França e, posso dizer,
ça bouge! Há sempre algo acontecendo por aí, basta se manter informado (um pouco de sorte ajuda também, às vezes). Seja um evento oficial do município, seja uma manifestação independente, eis alguns exemplos do que já presenciei por aqui:
-
Cow Parade: sim, ela também
A melhor de todas
Bordeaux & Cow - 2010 chegou à Bordeaux (já tinha visto a edição do Rio), sob o nome “Bordeaux & Cow”! Qual não foi minha surpresa ao passear pela cidade e me deparar com inúmeras vacas coloridas pelos cantos! Havia algumas bem criativas, outras bem estranhas. No geral, devo admitir que gostei mais da versão carioca – lá, pelo menos, eu entendia os títulos das obras;
- GP ciclístico de Bordeaux: o que seria de uma cidade com bicicletas por todos os cantos sem o seu GP? Não lembro qual a distância do percurso nem o número de voltas a percorrer, mas era uma prova com uma devida importância (ou prestígio), pois havia inúmeros ciclistas conhecidos presentes. Obviamente, eu não conhecia nenhum deles, mas pelo CV e pela reação do público quando eles eram anunciados supus que eram pessoas ilustres;
- Aulas de dança gratuitas: as de salsa são as mais comuns (sim, eles adoram salsa aqui!), mas até aula de swing no
Jardin Public já vi;
- Banda no quai: essa foi totalmente por acaso. Decidi correr, uma noite, às margens do Garonne, e no meu percuso de ida cruzei por algumas pessoas carregando instrumentos musicais (convenhamos que não é comum
Banda
Pont de Pierre ao fundo ver alguém levando um trompete para passear à beira-rio). Na minha volta, um grupo de músicos (essencialmente metais e uma bateria) havia se reunido num canto e começou a tocar. Obviamente parei para assistir o espetáculo, e logo mais outras tantas pessoas faziam o mesmo (no vídeo vocês podem ter uma ideia). Tudo isso com o visual da
Pont de Pierre e a cidade iluminados ao fundo 😱
- Corrida de orientação: mais uma na sorte. Após nossos planos para o almoço de domingo darem errado, estávamos (eu, Fran e Fernando) dando uma volta quando nos deparamos com uma corrida de orientação que estava para começar. O objetivo era, com auxílio de um mapa fornecido pela organização, passar em todos os pontos indicados dentro de um determinado tempo (o percurso nós que escolhíamos). Completamos o circuito em 1h30 e por pouco não levamos uma super bicicleta! =( Pelo menos conhecemos outros lugares escondidos nas ruelas do centro e praças pelas quais até então nunca tínhamos passado.
Para terminar, o evento mais importante: meu aniversário! Fiz questão de comemorar
’comme il faut, à la bordelaise’: com baquete, queijo, patê e vinho, entre outros, num belo piquenique noturno nas escadas
do
Miroir d’eau. “Oui, mes amis, la vie est belle!” 😊
J’ai décidé d’être heureux, c’est meilleur pour la santé.
Advertisement
Tot: 0.253s; Tpl: 0.012s; cc: 16; qc: 130; dbt: 0.1263s; 1; m:domysql w:travelblog (10.17.0.13); sld: 1;
; mem: 1.5mb