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Published: March 6th 2010
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"Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus."
A bordo de um Lao Airlines que não comportava mais do que 72 passageiros e balançava ao menor sopro, chegamos ao Laos. E o ávido leitor pergunta, indignado: mas quem vai para o Laos? Aparentemente, nós e mais 1,1 milhão de turistas por ano, segundo estatísticas oficiais do governo, muito acima dos 14,4 mil que desembarcavam por aqui na década de 90. Esse pequeno país, com uma economia não muito mais forte que a do Haiti, foi parte da Indochina francesa até a metade do século passado, bombardeado pelos EUA naquela que foi conhecida como a Guerra Secreta (o Laos deu abrigo aos guerrilheiros do Vietcong e até hoje sofre com milhares de minas ainda ativadas) e depois, na esteira dos vizinhos, foi tomado por comunistas, que governam o país até hoje.
Chamar o Laos de país talvez não seja o mais adequado. Na realidade, é uma junção de vilarejos, com uma ou duas cidades e uma natureza de tirar o fôlego. Some-se a isso um povo muito amável, alguns templos e construções coloniais francesas e tem-se um destino exótico, mas infinitamente
mais original e interessante do que a Tailândia, por exemplo. O Laos é a tranqüilidade por natureza. Nossa primeira parada foi na deliciosa Luang Prabang, outro patrimônio Histórico da UNESCO e que saiu direto do Manual Prático do Hippie. Nada de motoristas de túk-túk, vendedores te perseguindo ou turistas em busca de sexo. Por sinal, aqui é contra a lei estrangeiros e laocianos manterem relações se não forem casados.
Luang Prabang é uma espécie de São Tomé das Letras asiática. Cercada pelos rios Nam Khan e o mítico Mekong, a cidade ainda conserva alguns dos grandes casarões franceses, hoje transformados em pousadas ou restaurantes. Locais se reúnem para suas refeições comunitárias ao redor de panos estendidos no chão, monges caminham de lá para cá (e de cá para lá) protegidos do sol com seus guarda-chuvas, turistas passeiam de bicicleta pelas ruas da cidade e não raro você precisa acordar o garçom e convencê-lo a fazer algum serviço (sem qualquer exagero). Ao menos temos a chance de comer um crepe por US$ 1. À noite, indígenas da tribo Hmong, que vivem nos arredores da "cidade", montam uma feirinha bacana e barata que é a principal atração turística local.
Alguns
quilômetros fora de Luang Prabang e o verdadeiro Laos se desenha: montanhas, plantações de arroz, estradas de terra (só 10% de um total de 40 mil km são asfaltadas) e pequenos vilarejos de bambu, que abrigam diferentes tribos minoritárias. Em algum lugar nessas montanhas encontra-se a Kuad Si Fall, uma série de cachoeiras de água tão azul que ficamos na dúvida se estávamos de volta às praias do sul da Tailândia. Por sinal, ao contrário do que acontece nestas, no Laos os locais se misturam com os turistas e aproveitam o que o seu país tem a oferecer. No dia que visitamos a cachoeira, um domingo, era possível ver mais laocianos nadando ou curtindo seus piqueniques do que estrangeiros. Um centro de reabilitação de ursos nativos completa o parque.
Depois de uns poucos dias seguindo os passos locais e entrando no clima do país, partimos para um destino ainda mais alternativo do que Luang Prabang, onde ainda é possível ver turistas franceses de meia-idade tomando um vinho em algum dos restaurantes com culinária influenciada pela ex-metrópole. Nossa próxima parada é Vang Vieng, mais um pequeno vilarejo do que uma cidade, um pouco mais ao sul.
A distância entre
as cidades é de menos de 300 km, mas a viagem dura mais de 6 horas. É fácil entender o porquê nos primeiros quilômetros rodados: a estrada, principal do país, construída no entorno das montanhas, é rústica e estreita, dificultando a passagem de dois veículos ao mesmo tempo, e sem guard rail, apesar dos penhascos ao redor, o que faz com que o motorista não ande a mais de 40 km/hora - enquanto come seus nacos de arroz tirados de uma saco estrategicamente colocado ao lado do volante. Isso não impede os locais de vomitar a cada cinco minutos. Talvez por isso eles ganhem um saquinho antes de embarcar. Algo escorreu no pé de uma turista, mas não sabemos exatamente o que. Mas a viagem vale a pena. É na estrada que se conhece o verdadeiro Laos.
Luang Prabang: slow pace And then, Laos. You can ask: who on earth goes to Laos? Well… us and some other 1,1 million of tourists per year, many more than the 14,400 who used to visit the country in the 90s… There are two ways to get from Thailand to our first stop here, Luang Prabang. First, you can get
buses and a longboat and spend two days travelling down the Mekong river; second, you can get a 72-seat flight from Lao Airlines and be here in one hour from Chiang Mai. A little bit unsure, we chose the second option - anyway, we didn’t have time to spend in a two-day trip.
As soon as we got in Luang Prabang one thing was clear: Laos is not a real country, as we normally picture one in our minds. It’s more a union of small villages, with one or two cities in the middle, and a jaw-dropping landscape. Adding a very laid-back and lovely people, some temples and French colonial buildings, we found a more exotic destination than Thailand, for instance.
Situated high along the bank of the mystic Mekong and the Nam Khan rivers, Luang Prabang, a UNESCO World Heritage Site, is a kind of hippie city. There are no túk-túks, street vendors chasing you or tourists looking for sex - by the way, the relations between Lao people and foreign is prohibited unless they are married.
Everything happens in a very low pace. Around its allies locals have their community meals, monks walk with their
umbrellas, US$ 1 crepes are sold everywhere, tourists cycle from one spot to another and no rarely you need to wake a waiter up to ask for your food. During the night, Hmong people come from their tribes to sell handicrafts.
Some kilometers away from Luang Prabang you can see the real Laos: mountains, rice paddies, unsealed roads (only 10%!o(MISSING)ut of 40.000 km are sealed) and small villages with bamboo houses where the hill tribes live. In the middle of the mountains the blue-clear Kuad Si Falls can be founded. And here, opposite to Thailand, the locals are all mixed with tourists enjoying their natural attractions. Actually, in the day we came, a Sunday, there were more Lao People then foreigners.
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Val
non-member comment
cores
Um post melhor que o outro... Essa Kuad Si Fall é de tirar o fôlego de tão linda!!! Beijos