Advertisement
Published: March 27th 2009
Edit Blog Post
Lucerna
Torres da catedral O que você busca numa viagem na Europa?
O antigo, o contemporaneo? Um lago de vistas estupendas, uma cidade tipica? Montanhas com neve ou com sol? Um hotel super luxo, uma pousada temática?
Qualquer que seja suas expectativas, Lucerna não te desiluderá. Tudo culpa da rainha Victoria da Inglaterra que chegou na cidade em 1868, para lançar a moda das férias à beira do Lago dos Quatro Cantões. E é próprio de turismo que vive Lucerna, basta entrar no seu shopping de souvenirs!
Em qualquer imagem da cidade destacam-se seus simbolos urbanos: o Kapellbrücke, uma das pontes de madeira mais antigas da Europa, decorada com pinturas que contam um pedaço da História de Lucerna medieval; o Museggmauer, a cinta murária decorada de torres, ainda original e as duas torres da Catedral Hofkirche.
No centro histórico muitas curiosidades. Casas decoradas com lindos afrescos que se fazem de moldura das tantas praças de Lucerna, com histórias interessantes como a da farmácia de Renward Cysat, na praça Weinmarkt, que funcionou de 1530 a 1895. O homem político, membro do Grande Conselho lucernense, curioso, autodidata, botânico, alquimista, que escreveu, e ainda se lê em latino na fachada do seu estabecimento, “contra o amor
não existe remédio”.
A igreja jesuíta do séc. XVII, a construção sacra barroca mais antiga da Suiça, e o seu interior coberto de um criativo material que imita mármore, uma massa de pêlos de animais, casca de ovos, pó de mármore e cola. Ficou bom!
O monumento do Leão Morrendo, esculpido na rocha, em memória dos mortos da batalha de Tuileries em 1792, é realmente triste e comovente, assim como o descreve Mark Twain.
A vocação turística de Lucerna se conserva também pela sua capacidade de renovação.
Um ótimo exemplo é o futurístico Centro de Cultura e Congresso (KKL) do arquiteto francês Jean Nouvel. Bem, Nouvel nunca me apaixonou. Uma brasileira habituada à luz, ao calor, à leveza e às linhas sinuosas do mestre Niemayer, não consegue apreciar o esquadrado, escuro, gélido e claustrofóbico estilo do francês.
Em qualquer modo, o Kultur und Kongresszentrum Luzern, são na verdade 3 edifícios de vidro e aço, unidos embaixo de um teto de alumínio grande como dois campos de futebol. No projeto original, Jean Nouvel pensou em construir um prédio que surgisse do meio do lago, idéia de jerico recusada pela prefeitura, obviamente preocupada com a harmonia da imagem e com o
No pier
Passeio de barco a vapor no Lago movimento náutico di Lucerna. E o lindinho não pensou nisso??? Assim, Nouvel teria batido o pezinho e dito, “se não posso construir dentro do lago, faço o lago entrar na construção” ... e refez o projeto, desta vez à beira d’água, com dois canais que entram no prédio, deixando-o ainda mais frio. Passou no referendum em 1995 e foi construido em 5 anos.
O KKL porém é o local dos famosos festivais de musica que fazer ferver a cidade:
- Festival de Lucerna - música clássica internacional (http://www.lucernefestival.ch)
- Blue Balls Festival - música internacional em torno o lago e nos bares do KKL (http://www.blueballs.ch)
Onde não ir:
- No Museu dos Transportes. Além de ser escuro, velho, caro e chato pra caramba, eles sequer tem uma réplica do 14 Bis na ala "aeronáutica". Perguntei porque e recebi uma respostinha muito desrespeitosa e ridicula: "o avião dos Wright era mais bonito". JURO!!!
O que você não pode perder:
- Uma subida nos montes Pilatus - a 2132 m e/ou Rigi - a 1800 m.
- Um dia na montanha Stanserhorn - a 1900 m, e o seu restaurante rotatório ou na Bürgenstock, de vistas panorâmicas de cair
o queixo.
- O passeio das cerejeiras na “Kirschstrasse” (estrada do Kirsch) para comprar a típica aguardente de cereja, aquela que se mistura no fondue.
- Uma noitada no cassino com jantar e discoteca ou uma volta pelos bares do Centro.
- Um passeio de barco a vapor no romântico Lago dos Quatro Cantões com uma curiosidade: você passará por Weggis, a vila que ficou famosa por ter recebido a seleção em 2006. Reformaram o estádio, contruiram um Press Center e o quarto de Ronaldinho virou “ponto turístico” no luxuoso Park Hotel.
- Uma visita ao Museu Rosengart e suas 220 obras da coleção privada de Siegfried e Angela Rosengart, uma família de mercantes de arte ligada pessoalmente aos artistas que mostram, como Monet, Chagall, o meu adorado Klee e especialmente Pablo Picasso, um grande amigo, para o qual Angela ainda jovem posou várias vezes. Tive a honra de encontrar essa doce e elegantíssima senhora e escutar, caminhando pelas salas, as estórias sobre a sua “casa”, o Museu; seus “filhos”, come ela chama os quadros e seus amigos, os maiores pintores do último século. Para mim, valeu a viagem inteira!
That’s all folks!
Advertisement
Tot: 0.137s; Tpl: 0.012s; cc: 13; qc: 55; dbt: 0.0693s; 1; m:domysql w:travelblog (10.17.0.13); sld: 1;
; mem: 1.2mb
Mirella
non-member comment
Lindos os afrescos nas casas!